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O desafio da atenção primária à saúde no novo governo

Nenhuma estratégia para o setor dará certo se não privilegiar a atenção primária e a saúde da família. Esse é o desafio

Marcus Pestana

Marcus Pestana

7/1/2023 9:09

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Nenhuma política para o setor dará certo se não privilegiar a saúde da família. Foto: Divulgação

Nenhuma política para o setor dará certo se não privilegiar a saúde da família. Foto: Divulgação
Empossado o novo governo, trate-se agora de encaminhar soluções para os grandes problemas nacionais. Grande expectativa há em relação à área da saúde. Temos problemas crônicos no SUS e a pandemia realçou a importância das políticas publicas de saúde. Mas certamente a condução da pandemia não foi das melhores. O Brasil é o 17º. país do mundo em número de mortes por milhão de habitantes. Temos 2,7% da população mundial e 11% das mortes. O presidente Lula nomeou para o Ministério da Saúde a cientista Nísia Trindade, a primeira mulher a ocupar o posto. Ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz, se saiu bem na construção das parcerias para a produção das vacinas contra o coronavírus e tem bom relacionamento com a comunidade científica internacional e com os organismos multilaterais. Sua nomeação sinaliza compromisso com a ciência e com o sistema público de saúde. Certamente, por sua respeitabilidade, conseguirá formar uma boa equipe. Tendo dedicado os últimos 20 anos de minha vida à construção de um sistema nacional de saúde qualificado e inclusivo, não tenho dúvidas de que o maior desafio é a reestruturação e melhoria da atenção primária através da estratégia de saúde da família. De nada adianta avançar na atenção hospitalar, ambulatorial especializada, diagnóstica ou farmacêutica, se tivermos o centro de gravidade coordenador das necessárias redes integradas de atenção à saúde fragilizado. O perfil da carga de doenças, há décadas, aponta o predomínio das condições crônicas de saúde. Ou cuidamos da saúde na raiz, em cada bairro ou distrito rural, ou continuaremos a enxugar gelo na porta dos hospitais e no balcão das farmácias, reafirmando um sistema fragmentado, desintegrado, caro e com baixos indicadores de eficiência. Hoje temos mais de 51 mil equipes da estratégia de saúde de família espalhadas pelo Brasil, com 168 milhões de brasileiros cadastrados na atenção primária. Mas não basta expandir a cobertura sem qualificar e tornar mais resolutivo o primeiro nível de contato dos brasileiros com o SUS. Há sintomas de graves lacunas na sua eficácia. Cito dois. O primeiro é a preocupante queda na cobertura vacinal. O Brasil sempre foi modelo internacional na esfera da imunização. A cobertura vacinal está despencando: em 2019, 73% dos cidadãos brasileiros estavam imunizados, isto caiu para 67%, em 2020, e bateu nos 59%, em 2021, o patamar ideal preconizado é 95%. O SUS oferece gratuitamente todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. E o principal ator mobilizador é exatamente a atenção primária. Outro sintoma verifiquei pessoalmente nas viagens ao interior de Minas nos últimos meses. Implantamos, na nossa gestão à frente da SES/MG, o protocolo de classificação de risco, onde o paciente é caracterizado com Vermelho, laranja, amarelo, verde ou azul. Em todos os hospitais de regiões diferentes que visitava perguntava à direção qual o percentual de verdes e azuis em suas portas de entrada. Resposta recorrente: 70%. Isto é um sinal claro de fracasso da atenção primária. Estes pacientes deveriam ser cuidados no nível da atenção primária. É urgente uma ação ambiciosa de qualificação da estratégia de saúde da família, sem o que, com recursos escassos, não conseguiremos melhorar os indicadores de saúde da população.
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Saúde SUS Marcus Pestana Nogo governo saúde da família atendimento hospitalar

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