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Arthur Lira é a ducha fria da realidade

Arthur Lira não é o presidente da Câmara dos sonhos do PT. Ele é tão somente a realidade que se impõe e contra a qual não se pode brigar.

Rudolfo Lago

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28/11/2022 | Atualizado às 22:08

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Era ao lado de Bolsonaro que Arthur Lira esteve. O apoio a ele agora pelo PT é somente a constatação da realidade. Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Era ao lado de Bolsonaro que Arthur Lira esteve. O apoio a ele agora pelo PT é somente a constatação da realidade. Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
No mundo ideal, o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva certamente gostaria de ver um outro nome que não Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara dos Deputados. Na vida real, porém, o PT já teve experiências amargas no passado que recomendam fortemente que aceitem tomar agora a ducha fria da realidade. A reeleição de Arthur Lira, por pior que ela seja, é hoje quase uma constatação da realidade tão forte como a certeza de que o sol vai nascer amanhã quando terminar a noite. Como mostrou Edson Sardinha no Congresso em Foco, a federação PT/PCdoB/PV e o PSB deverão oficializar seu apoio à reeleição de Arthur Lira. Não porque ache a condução de Lira no comando da Câmara maravilhosa. O deputado de Alagoas foi ponta de lança no apoio ao governo de Jair Bolsonaro. Sentou em cima de todos os pedidos de impeachment. Apoderou-se da chave do orçamento secreto. Mas ele muito provavelmente venceria a eleição para continuar na Câmara em fevereiro com ou sem o apoio da federação que ampara o novo governo. Assim, a prudência recomenda não brigar com Arthur Lira. Até pelo que o PT já viu acontecer no passado quando quis brigar com a realidade. Em 2005, o PT no primeiro governo Lula tinha tanta certeza do seu poderio que lançou não apenas um, mas dois candidatos à Presidência da Câmara. O deputado Virgílio Guimarães (MG) resolveu à época enfrentar o nome oficial do partido, que era Luís Eduardo Greenhalgh (SP). Os dois acabaram perdendo a eleição para o improvável Severino Cavalcanti (PP-PE). A vitória de Severino marcou o início da ascensão do Centrão ao comando da Câmara. Severino foi breve, colhido pelo episódio do mensalinho. Mas a Câmara nunca mais foi a mesma depois disso. Em 2015, reeleita Dilma Rousseff, ela resolveu lançar o petista Arlindo Chinaglia (SP), ignorando que o PMDB era seu aliado e o partido de seu vice-presidente Michel Temer. Chinaglia perdeu a eleição para Eduardo Cunha (na época no PMDB do Rio, agora filiado ao PTB). Eduardo Cunha infernizou a vida de Dilma. No comando do Centrão, inviabilizou o seu governo. Não permitiu a ela que nada de importante que ela propunha passasse. Jogou o governo numa imensa crise, que terminou quando ele desengavetou o pedido de impeachment contra Dilma. Lula chega ao governo pela terceira vez em um quadro muito parecido com a da reeleição de Dilma. Sua vantagem para Jair Bolsonaro foi ainda menor que a vantagem de Dilma sobre seu adversário, Aécio Neves (PSDB-MG), que já tinha sido muito apertada. Lula nem tomou posse ainda e já depende da boa vontade de Arthur Lira para aprovar a PEC da Transição. Terá outros embates ao longo do seu governo com a turma bolsonarista de verde e amarelo bufando no seu cangote em acampamentos em frente aos quarteis e em rodovias bloqueadas. Lula enfrentará a novidade da militância contra ele. E uma militância violenta, disposta a tudo. É evidente que Arthur Lira não é o presidente da Câmara dos sonhos de Lula. É evidente que Lula muito provavelmente gostaria de pegar de volta a chave do cofre do orçamento (e reza agora para que o Supremo Tribunal Federal a devolva). Mas Lula não tem saída. Arthur Lira é uma realidade. Como o sol que vai nascer amanhã.
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