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Eduardo Galvão

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12/7/2018 | Atualizado 10/10/2021 às 15:44

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Agência Brasil

Agência Brasil
O recente evento da greve dos caminhoneiros paralisou o Brasil e a atividade econômica, mas agitou negociações políticas no Congresso Nacional e no Poder Executivo. Esse episódio marcante escancarou para a população diversos problemas do nosso país tanto de cunho logístico quanto político, com reflexos que ainda vão durar por longo tempo Se o fato foi duro com as famílias e as empresas, pelo menos algo de bom temos que extrair disso tudo. Podemos aprender algumas lições e refletirmos para que possamos evitar que problemas estruturais mal resolvidos venham novamente a prejudicar a economia, a saúde, a vida, o país. Lição 1: o cobertor é curto. O governo não é um saco sem fundo, tampouco uma galinha dos ovos de ouro. O dinheiro disponível para bancar subsídios e incentivos é limitado. Na negociação com os caminhoneiros o governo precisou prometer subsidiar o combustível com um valor que não tinha em caixa, depois foi necessário correr atrás da verba. Para isso teve que terceirizar a conta, já que não tinha o dinheiro para pagar sozinho. Com isso alguns setores tiveram seus custos de transação aumentados. Lição 2: crises são sistêmicas. Na política o céu muda a cada minuto. E chuvas trazem trovoadas e ciclones a todo momento. Assuntos de grande impacto que estavam parados há tempo por falta de consenso foram repentinamente trazidos de volta à mesa de negociação política em decorrência da paralisação. Essa agenda relâmpago, motivada pela paralisação incluiu temas como reoneração da folha de pagamentos e benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus e forçou um ritmo acelerado de negociação. Ao fim e a cabo a solução de uma crise dependeu da solução de outra. O governo quis pagar a diferença na conta com refrigerante de Manaus. Não deu. Agora o Legislativo tabelou o frete. Vejamos como fica a conta... Lição 3: O Brasil ainda depende da caçamba. Os caminhoneiros foram muito eficazes em sua ação de defesa de interesses. Pedir ao poder público é legítimo. A categoria demonstrou não apenas sua grande capacidade de organização e de mobilização e influência política, mas também uma grande deficiência de infraestrutura no Brasil, na dependência de um único modal de transporte. Os caminhoneiros se viram e se descobriram organizados e mobilizados. E extremamente influentes. Lição 4: WhatsApp faz política. Sim. Por definição, grupo de pressão significa um interesse organizado. E os aplicativos de comunicação têm permitido a proliferação e o empoderamento de antigos e novos lobbies. De um dia para o outro toda uma categoria se mobilizou no país inteiro e obstruiu inúmeras rodovias. A ação dependia de grande coordenação e isso foi viabilizado por meio do aplicativo. Do outro lado, os grupos prejudicados também se organizaram contrariamente. (Adivinha como!) Houve tentativa de se anunciar que a greve havia terminado com a intenção de fazer os caminhoneiros se dispersarem. O anúncio foi desmentido e os caminhoneiros reafirmaram a continuação da paralisação - e olha lá novamente o aplicativo em ação. Lição 5: Antecipar é necessário. Nossa dependência do modal rodoviário, e consequentemente desse grupo social, já era conhecida. A grande capacidade de obstrução desse grupo estampou-se evidente. A sua dificuldade financeira por conta de uma conta que não fechava já era prenunciada. Conter uma crise é mais simples e mais barato no seu estágio inicial. De fato não é trivial, mas antecipar é preciso. Assim evitaremos perdas de produção, de verbas, de vidas humanas. Se é verdade que o que não nos mata nos fortalece, as reflexões sobre esse episódio poderão nos fazer mais otimistas para o futuro. Mas somente se formos capazes de refletirmos e agirmos preventivamente - sociedade e governo.
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