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Repatriação de recursos ilegais: uma proposta indecente

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2/11/2015 | Atualizado 10/10/2021 às 16:27

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Felizmente as oposições obtiveram uma grande vitória na última quarta-feira, ao formar maioria na Câmara dos Deputados e, por 193 votos a 175, conseguindo adiar para a próxima terça a votação do Projeto de Lei 2.960/2015, que dispõe sobre o regime especial de regularização cambial e tributária de recursos, bens ou direitos não declarados remetidos ao exterior. A ideia nascida no Ministério da Fazenda era, em tempos de grave crise fiscal, arrecadar de R$ 11 bilhões a R$ 15 bilhões, oferecendo a possibilidade de repatriação de recursos, supostamente de origem lícita, mantidos longe das garras do Leão. O projeto original estabelecia travas de proteção para a não legalização de dinheiro sujo. Ainda assim era inoportuno. Em tempos normais e estáveis, poderíamos aceitar os estímulos e as sugestões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e, como outros 49 países, realizar a repatriação com boas regras e sem criar uma lavanderia oficial para limpar dinheiro sujo. Não é o caso do Brasil de nossos dias. A Lava Jato está revelando o maior escândalo de nossa história e o governo Dilma é rejeitado por 70% dos brasileiros. Boas regras e credibilidade do governo são pressupostos para uma política pública polêmica, como a proposta. Sempre que se dá, e esse é o caso, uma anistia fiscal ou cambial, é preciso ser extremamente criterioso e seletivo para que não haja um efeito pedagógico perverso, punindo indiretamente os que cumprem a Lei e estimulando a sonegação e a transgressão. É preciso não esconder a verdade ou tergiversar diante da proposta de repatriação perseguida pelo PL 2.960/2015: todo esse dinheiro é ilegal, de origem lícita ou ilícita, e como dizem os economistas "dinheiro não tem carimbo". Pela porta aberta, caso aprovemos a lei na forma dada pela Câmara, passarão recursos de sonegação, evasão de divisas, que poderiam ter origem lícita, mas também dinheiro de corrupção, tráfico e contravenção. A insensibilidade e falta de oportunidade do projeto é de escandalizar o cidadão brasileiro. Em plena Lava Jato seria anistiar doleiros, sonegadores e o caixa dois, ou seja, todos os investigados na operação da Polícia Federal. O impacto na credibilidade das instituições seria imediato e desastroso. O projeto original já seria cercado de polêmica. Mas a versão em análise na Câmara, de autoria do relator Manoel Junior (PMDB-PB), agrava as potenciais distorções. Rebaixou o patamar de impostos e multas para a repatriação de 35% para 30% e ofereceu para a conversão dos recursos repatriados em reais o câmbio de 31/12/2014, ou seja, R$ 2,65. Mas o pior, ampliou a anistia para crimes de lavagem de dinheiro, caixa dois, falsidade ideológica e até formação de quadrilha relacionada a esses crimes. Muitos envolvidos na Lava Jato serão anistiados e perdoados. Se depender do PSDB, a fundação da "LAVABRAS", estatal para lavar dinheiro sujo, não passará. A sociedade precisa ficar atenta e agir. Reafirmar que o crime não compensa. Mais sobre lavagem de dinheiro Mais sobre a Operação Lava Jato
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corrupção Lavagem de dinheiro sonegação fiscal Manoel Junior repatriação de dinheiro crimes financeiros evasão de divisas evasão fiscal exterior repatriação de capitais crimes fiscais

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