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24/2/2014 | Atualizado 10/10/2021 às 16:27

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Não é comum um cinegrafista morrer em praça pública exercendo a profissão que tanto amava fruto de um ataque selvagem, difuso e por motivos que não lhe diziam respeito. Não é normal o fusca de um serralheiro, evangélico e pobre, ser queimado em plena avenida pela mesma explosão irracional de um movimento sem bandeiras e objetivos claros. Não é aceitável a sociedade ficar refém de uma minoria barulhenta e raivosa, em plena democracia, que quebra lojas, bancos e agências de automóveis, por não querer a Copa no Brasil ou reajustes nas tarifas do transporte coletivo. Não é usual a população do Rio de Janeiro ficar sem o direito de trafegar por uma das principais vias da cidade porque a guerra do tráfico incendiou uma das entradas de um túnel. Não é normal o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal ficarem sitiados por uma ruidosa manifestação do MST. Não são confortáveis cenas dramáticas como as do presídio do Maranhão e as declarações prostradas de autoridades prisioneiras de uma situação lamentável do sistema penitenciário brasileiro. É estranho um país como Brasil, com enorme potencial energético, conviver com apagões. Não é compreensível uma poderosa empresa como a Petrobras, diante da descoberta do pré-sal, conviver com queda contínua de produção, aperto de caixa e ações despencando. Não é confortável conviver com níveis alarmantes de corrupção contaminando as instituições em todos os níveis. Não é edificante ver o aparelhamento e o fatiamento político rasteiro da máquina pública, com inaceitáveis e inexplicáveis 39 ministérios. Não é desejável ver o Brasil no segundo lugar da lista de emergentes mais vulneráveis, no relatório do BC dos EUA, em um país dinâmico como o nosso, fruto de contabilidades criativas e intervencionismos atabalhoados. Não é possível compreender as baixas taxas de investimento e crescimento, que sacrificam a renda e o emprego de qualidade, em um Brasil cheio de potencialidades. Não é possível aceitar a desmoralização do discurso oficial, que anuncia por 11 anos conquistas que não saem nunca do papel. Não é normal uma federação estraçalhada com a maioria dos municípios à míngua e a arrecadação federal batendo recordes. Às vezes, a gente se acostuma, mas não devia. A qualidade de uma nação se mede pela qualidade de suas instituições. O futuro depende visceralmente da confiança que a sociedade tem em seus líderes e no ambiente institucional reinante. O valor do governo, dos políticos e dos partidos se mede não por suas intenções ou por sua retórica, mas por seus resultados. Alguma coisa está fora da ordem. Os ventos da mudança começam a soprar. O contraponto dos defensores do atual estado das coisas é poderoso. Mas a mudança é inexorável. A morada da mudança é a consciência e a atitude de cada um. Cada um faz a sua parte. Mas a mudança só nascerá a partir da vontade coletiva. O futuro do país é uma obra em construção. Outros textos sobre o Brasil nas ruas Nosso jornalismo precisa da sua assinatura
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