Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Relator vê distorção em debate sobre plantio de maconha para fins ...
[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "assettype": "NO", "articlekey": 104161, "showDelay": true, "context": "{\"positioncode\":\"Leitura_Noticias_cima\",\"assettype\":\"NO\",\"articlekey\":104161}" }

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Relator vê distorção em debate sobre plantio de maconha para fins medicinais

Congresso em Foco

2/9/2020 17:10

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Deputado Luciano Ducci (PSB-PR) está numericamente à frente na corrida pela prefeitura de Curitiba, aponta pesquisa. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/fotografo]

Deputado Luciano Ducci (PSB-PR) está numericamente à frente na corrida pela prefeitura de Curitiba, aponta pesquisa. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/fotografo]
Apesar da falta de consenso em torno da matéria, o relator do projeto que regula o plantio de maconha para fins medicinais, deputado Luciano Ducci (PSB-PR), apresentou ontem (1º) uma versão preliminar do parecer (veja a íntegra), favorável ao texto. Debatida por uma comissão especial desde outubro do ano passado, Ducci espera que a matéria seja colocada em votação ainda em 2020, após aprovação de um requerimento de urgência para acelerar a tramitação. "Estamos trabalhando para até final de setembro aprovar a urgência e em setembro ou outubro votar o projeto. Como tem polêmica, tem que ir para o voto", disse ele em entrevista. O deputado considera que o debate em torno da matéria está sendo muito distorcido. "É uma discussão importante, forte, mas algumas pessoas estão na verdade distorcendo a finalidade do projeto." Ele frisa que o texto não toca no uso recreativo da maconha e que a intenção é atender a uma demanda social e econômica. "Isso é para resolver um problema de saúde pública, não para criar um problema de saúde pública." > Nova nota de R$ 200 entra em circulação nesta quarta O relatório amplia o escopo do projeto original, de autoria do deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE), e permite as atividades de cultivo, processamento, pesquisa, armazenagem, transporte, produção, industrialização, comercialização, importação e exportação de produtos à base de cannabis spp. Os extratos da planta poderão ser utilizados para fins medicinais humano ou veterinário. Segundo o parecer preliminar, o cultivo ficará restrito a pessoas jurídicas, tais como empresas farmacêuticas e de pesquisa e associações de pacientes sem fins lucrativos, mediante prévia autorização pelo poder público. O relator também estabeleceu condições mínimas de controle da produção, tais como cota de cultivo, rastreabilidade da produção, plano de segurança e exigência de presença de um responsável técnico. O local de cultivo também deverá ter o seu perímetro protegido, de forma a impedir o acesso a pessoas não autorizadas e assegurar os controles necessários para mitigar os riscos de disseminação e desvio. Para tanto, são previstos sistemas de videomonitoramento em todos os pontos de entrada, com restrição de acesso, cercas elétricas e alarme de segurança, por exemplo. Caberá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar cotas de cultivo de plantas de cannabis para fins medicinais de uso humano. Para plantas de cânhamo industrial e de plantas de cannabis para tratamento veterinário, deverá haver solicitação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Cada órgão ficará responsável pela fiscalização e aplicação das sanções cabíveis.
Regras atuais
A partir de 2014 o Conselho Federal de Medicina (CFM) passou a autorizar a prescrição de remédios com canabidiol. No ano seguinte, a Anvisa retirou a proibição do uso de canabidiol e, em 2016, autorizou remédios com tetra-hidrocanabinol (THC). Em 2017, o Mevatyl, primeiro medicamento à base de cannabis sativa aprovado no Brasil, foi registrado no país. A partir de 2020, a venda de produtos com cannabis em farmácias passou a ser autorizada. O plantio em território nacional, no entanto, continua proibido. Como a maior parte dos medicamentos é importada, os custos são altos (na faixa de R$ 2 mil a R$ 3 mil) e exigem uma série de documentos e autorizações. A proposta tornaria os produtos mais acessíveis à população. Para o deputado Fábio Mitidieri, seu projeto pode beneficiar a sociedade ao facilitar o acesso quando for essencial e necessário ao tratamento de determinadas patologias. O autor alega que o uso abusivo e inadequado de determinadas substâncias não deveria excluir a exploração do potencial benéfico de plantas consideradas drogas, como vem ocorrendo com a cannabis.
Tratamento
O canabidiol, encontrado na planta cannabis, pode ser usado para o tratamento de Alzheimer, Parkinson, autismo, câncer, doença de Crohn, epilepsia, esclerose múltipla e fibromialgia. A Associação de Apoio à Pesquisa e a Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi) alega que o acesso para uso terapêutico é restrito e dispendioso no Brasil e aponta que o projeto facilita o processo. A Apepi é uma organização composta por pacientes e familiares que fazem uso medicinal da cannabis. O programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, exibiu nesta quarta-feira (2) o caso de uma mãe que conseguiu na Justiça um habeas corpus para manter o cultivo de 30 pés de maconha em casa. A quantidade de plantas é suficiente para que ela possa extrair o óleo. "A cannabis, a maconha proporcionou qualidade de vida, uma vida normal. [...] Os vizinhos se incomodavam e, hoje em dia, temos paz", disse Bruna Moraes, mãe de três filhos diagnosticados com grau severo de autismo. Além da questão social e do barateamento do medicamento, o relator Luciano Ducci aponta que a regulação traz benefícios econômicos para o país, uma vez que há condições de estabelecer toda a cadeia produtiva da cannabis em território brasileiro. "O Brasil pode ser um grande centro exportador de insumos da cannabis. Nós podemos disputar o mercado com a China e os Estados Unidos", afirmou ele. O potencial de exploração econômica, segundo ele, tem atraído setores da agricultura.
Resistência
Em um Congresso conservador, a pauta enfrenta fortes resistências de setores ligados a grupos religiosos. O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, deputado Diego Garcia (Podemos-PR), o deputado e ex-ministro do governo Bolsonaro Osmar Terra (MDB-RS) e parte considerável da bancada evangélica são ressonantes vozes contrárias ao projeto. Se aprovado pela Câmara, que exige voto da maioria simples dos deputados, o projeto ainda precisa ser analisado pelo Senado, onde já existe divergência aberta. Crítico ao projeto, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) defende que ele não seja pautado durante a pandemia de coronavírus. Em sessão virtual na última quarta-feira (26), ele afirmou que estão apressando a votação para evitar polêmicas. "Por que eles estão querendo isso? A gente sabe: querem tornar o Brasil o maior produtor e exportador de maconha do mundo. É algo preocupante e precisamos agir", disse. Para Girão, a regulamentação atual da Anvisa já é suficiente. > Governo muda estratégia e passa a ouvir Centrão antes de enviar projetos
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

maconha bancada evangélica Luciano Ducci canabidiol cannabis Fábio Mitidieri plantio de maconha para fins medicinais plantio de maconha plantio de cannabis

Temas

Saúde Congresso

LEIA MAIS

Câmara dos Deputados

Saiba o que muda com projeto que propõe toxicológico na primeira CNH

Economia

Hugo Motta solicita suspensão imediata de IOF sobre risco sacado

DIREITOS HUMANOS

Presidente da CDH denuncia vídeos com IA que sexualizam mulheres Down

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

ESPÓLIO ELEITORAL

Condenada e inelegível, Zambelli anuncia candidatura da mãe e do filho

2

ATAQUES A MARINA

Federação Psol-Rede pede a cassação de Marcos Rogério e Plínio Valério

3

TENTATIVA DE GOLPE

Moraes ouve Tarcisio e ex-ministros de Bolsonaro sobre trama golpista

4

Requerimento

Deputado propõe audiência sobre licitação do Tecon Santos 10

5

MARCO CIVIL DA INTERNET

STF volta a discutir novas regras para redes sociais

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES