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Congresso em Foco
4/7/2007 | Atualizado às 22:25
Por sete votos a zero, a Mesa Diretora do Senado mandou, na tarde de hoje (4), o processo por quebra de decoro parlamentar contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) para o Conselho de Ética da Casa.
Pessoas ligadas a Roriz informaram que ele levou, por precaução, sua carta de renúncia, além das de seus dois suplentes à reunião da Mesa. A estratégia foi definida ainda no final de semana (leia mais). Se for confirmada a renúncia coletiva, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) deverá convocar novas eleições para o cargo.
Questionado por jornalistas se iria renunciar ao mandato, Roriz respondeu de forma irritada: "Não, não e não". Após novos indagações, Roriz afirmou que iria conceder uma entrevista coletiva, sem definir hora e local.
Segundo o senador Papaléo Paes (PSDB-AP), Roriz teve uma conversa informal com os componentes da Mesa. Nessa conversa, um auxiliar do peemedebista questionou até quando Roriz tem prazo para apresentar renúncia. A assessoria jurídica do Senado respondeu que o prazo vai até o momento da notificação pelo Conselho de Ética. Ou seja, o senador brasiliense pode tomar a decisão de renunciar até hoje ou amanhã.
Papaléo também afirmou que Roriz apresentou documentos à Mesa sobre a partilha de R$ 2,23 milhões, motivo do processo no Conselho, pedido pelo PSOL. Ele levou o cheque de R$ 2,23 milhões, nominal ao empresário Nenê Constantino (dono da Gol Linhas Aéreas) e a nota fiscal de compra de gado, fornecida pela Universidade de Marília a Roriz.
Negativa
A deputada distrital Jaqueline Roriz (PSDB), filha do senador, negou a existência das cartas de renúncias do pai e de seus suplentes. Ela informou que Roriz pediu mais prazo para se defender. Jaqueline se mostrou irritada com o tratamento que seu pai vem recebendo da imprensa. Chegou a reclamar com uma repórter: “Não vou falar. Vocês deturpam tudo”.
Papaléo afirmou que a “conversa informal” que o senador peemedebista teve com ele e os outros integrantes da Mesa foi motivada por um desconhecimento de Roriz da função do órgão do Senado. “O local adequado para ele mostrar documentos não é a Mesa, mas o Conselho. Ele esperada que a Mesa o ouvisse”, comentou o tucano. “Mas mostrou interesse em se justificar”, ponderou, a seguir.
O senador tucano ressaltou que a função da Mesa não era avaliar o conteúdo das denúncias, mas apenas a possibilidade de elas serem enviadas ao Conselho de Ética. “Não estamos julgando, mas verificando a admissibilidade. A parte da Mesa foi cumprida regimentalmente.”
Confusão
Ao final da entrevista de Papaléo, uma confusão se formou pela aproximação de Roriz. Os jornalistas tentavam conversar com o peemedebista, que saiu apressado da sala da Presidência para o elevador. No empurra-empurra, o próprio Papaléo quase foi atropelado. Uma jornalista torceu o pé. (Eduardo Militão)
*Se renunciar, Roriz pode voltar à vaga que deixou
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