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Congresso em Foco
22/6/2007 | Atualizado às 15:44
O crescimento da participação de petistas na máquina administrativa do governo federal rendeu dividendos para o partido. Nos quatro primeiros anos do governo Lula, houve, segundo o jornal Folha de S. Paulo, um aumento 545% na arrecadação do dízimo pago por filiados que ocupam cargos de confiança no Executivo e no Legislativo.
O dízimo é um percentual que varia de 2% a 10% do salário e que cada correligionário precisa recolher ao PT. Segundo a Folha, somados os mais de 600 cargos criados pelo presidente Lula essa semana, já são mais de 2 mil novos cargos sem concurso desde o primeiro mandato.
O aumento de 140% nos salários dos cargos de confiança deve incrementar em cerca de R$ 500 mil a receita do PT, que tem aproximadamente 5 mil filiados empregados em Brasília. O dinheiro ajudará a sanar a dívida de R$ 45 milhões que o partido acumula.
Só no ano passado, o dízimo rendeu ao PT R$ 2,88 milhões. Em 2002, último ano do partido na oposição, foram R$ 446 mil em valores corrigidos. As demais receitas do PT cresceram 204% no mesmo período.
Em proporção ao ganho total do PT, segundo a Folha, o dízimo passou de 1,7% em 2002 para 8,6% em 2005. Em 2006, houve uma queda: passou a 3,7% do total. Mas isso, segundo o jornal, aconteceu porque era ano eleitoral e a receita do partido aumentou muito.
Hoje, o senador Arthur Virgílio (PSBD-AM) apresentou um projeto de lei no Senado proibindo repasses compulsórios aos partidos. A proposta prevê penas de reclusão de um a três anos, mais multa, a serem aplicadas tanto para quem fizer a contribuição, quanto para a sigla que exigir a contribuição. (Carol Ferrare)
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