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Congresso em Foco
22/2/2007 | Atualizado 23/2/2007 às 6:09
O presidente Lula vai esperar a eleição do novo presidente do PMDB para anunciar a reforma ministerial. Durante reunião na manhã de hoje (22) com o comando do PSB, que durou mais de quatro horas, o presidente deixou claro que vai anunciar a escolha de seus novos ministros somente depois da convenção nacional do PMDB, que vai escolher o novo presidente da sigla, e que está marcada para o dia 11 de março.
"A decisão do PMDB é o ponto final para o presidente comunicar ao país o seu novo ministério. Todo bom jogador de xadrez pensa muito antes de mexer suas peças", disse o líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), à repórter Gabriela Guerreiro, da Folha Online.
O atual presidente peemedebista, deputado Michel Temer (SP), disputa a presidência do partido com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim. O parlamentar conta com o apoio da bancada do partido na Câmara, enquanto Jobim tem o aval dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP).
De acordo com o presidente do PSB, Eduardo Campos, Lula teria reiterado o convite para que a sigla permaneça no governo. Contudo, Lula não teria revelado qual será o espaço que a legenda ocupará.
"Não chegamos a colocar a exigência da participação do PSB no governo. O presidente vai tomar sua decisão. Mas ele vai ficar à vontade para decidir se o partido fica ou não à frente das duas pastas", afirmou Campos.
"O partido cresceu, tem compromissos com o governo do presidente Lula, o que nos permite reivindicar participação igual a que temos hoje", disse o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES).
Marta Suplicy
Lula teria afirmado durante a reunião com lideranças do PSB que ainda não encontrou uma solução para encaixar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy em um ministério.
O presidente teria admitido que será difícil tirar do PP o comando do Ministério das Cidades, pasta para a qual a petista é cotada. O PP pressiona o presidente para manter o Ministério das Cidades na cota do partido, com o atual ministro Márcio Fortes. O PT, por outro lado, também briga nos bastidores para emplacar Marta na pasta.
Lula também teria se mostrado indeciso sobre a possibilidade de a ex-prefeita substituir Fernando Hadadd no Ministério da Educação. O presidente também estaria disposto a manter o ministro Waldir Pires na Defesa, mesmo depois do apagão aéreo.
Lula: PCdoB vai manter espaço no governo
O presidente Lula assegurou hoje (22) que o PCdoB vai manter o espaço no primeiro escalão do governo após a reforma ministerial. Atualmente o partido comanda o Ministério dos Esportes. "O espaço do PC do B será preservado. Queremos ter mais espaço, mas não colocamos isso para o presidente", assegurou o líder do PCdoB no senado, Inácio Arruda (CE) à repórter Gabriela Guerreiro, da Folha Online.
Por sua vez, o presidente da sigla, Renato Rabelo, evitou fazer críticas em relação ao espaço da legenda no primeiro escalão do governo. Além do Ministério dos Esportes, o partido também pediu a Lula o comando da Secretaria Nacional da Juventude, órgão vinculado à presidência da República. Atualmente, a secretaria está sob o comando do petista Beto Cury.
Rabelo afirmou que o partido pretende manter o atual ministro Orlando Silva no cargo, apesar das especulações sobre o retorno do ex-ministro Agnelo Queiroz para a pasta. "Quanto ao Ministério dos Esportes, não há a menor dúvida da participação do PCdoB. O Orlando Silva tem desempenhado muito bem essa tarefa. A tendência é o Orlando continuar no cargo", disse.
Anúncio do novo ministério
Lula teria reiterado na reunião com o PCdoB que deve anunciar a reforma ministerial somente após a segunda quinzena de março. "A reforma vai passar com folga a convenção do PC do B. Se com a gente, que o espaço no governo é pequeno, terá uma nova conversa, imagine com os outros partidos", disse o deputado Renildo Calheiros (PE), líder do PCdoB na Câmara.
Lula assina decreto que cria a PNDR e defende Sudene
O presidente Lula afirmou hoje (22), durante assinatura de um decreto que cria a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que o Brasil era administrado apenas para algumas regiões que podiam fazer "pressão" sobre o governo. Lula defendeu a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a qual classificou de "momento de ouro do pensamento do desenvolvimento regional".
"Todo o dinheiro da União é para determinadas regiões do país, a nossa inteligência é quase toda formada em algumas partes do país que já têm inteligência e, portanto, elas têm pressão para exigir cada vez mais coisas. E as cidades, os estados e as regiões mais pobres do país vão, cada vez mais, perdendo terreno, perdendo espaço", disse Lula.
A idéia do governo é descentralizar os recursos para investimentos públicos e privados. Lula também destacou, durante a solenidade, que a PNDR segue a lógica das necessidades de desenvolvimento, e não o pensamento da viabilidade econômica.
"Se, muitas vezes, nós temos que construir uma estrada para que ela atenda ao crescimento econômico de uma região, em outros momentos o Estado precisa construir uma estrada, porque será aquela estrada que vai permitir, atrás dela, o desenvolvimento da região", declarou.
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