Depois de ter sido afastado do cargo de ministro da Fazenda após as denúncias de violação do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o ex-ministro Antonio Palocci se prepara para iniciar sua campanha à Câmara dos Deputados.
Quinze quilos mais magro, Palocci tenta conquistar mandato de deputado federal, o que lhe garantirá foro privilegiado para responder às denúncias que pesam contra ele. Parlamentares federais, assim como o presidente, o vice e os ministros de Estado, só podem ser processados no Supremo Tribunal Federal (STF).
A partir desta semana, a rotina de Palocci irá mudar. Ele, que estava dando palestras sobre gripe aviária, terá vários encontros com empresários e reuniões com grupos de eleitores. Palocci garante, que durante as eleições, não comprará briga com ninguém.
"Não quero atrito com o PT nem com setores do governo, mas quero fazer o bom debate. E penso que essa é uma discussão saudável", disse em conversas com amigos. Até hoje, Palocci nega ter pedido a quebra do sigilo bancário de Francenildo.
"Eu não guardo mágoas, não acho que fui perseguido, mas entrei no meio de uma tempestade, que começou no ano passado. Em dezembro, avisei ao presidente Lula: isso não vai parar. Pensei em sair, ele não deixou. Agora é olhar para a frente", argumenta.