O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, enfrenta problemas na montagem de seu palanque na Bahia, onde os tucanos decidiram, oficialmente, romper com os pefelistas e lançar o vereador José Carlos Fernandes (PSDB) ao governo.
O lançamento ocorreu ontem e foi uma resposta do PSDB à manobra que garantiu a aliança formal entre os dois partidos, realizada pelo PFL baiano e pelo deputado tucano João Almeida. Antes da ação do deputado, um acordo entre os dois partidos garantia que o PSDB não lançaria nenhum nome contra o governador Paulo Souto (PFL), candidato à reeleição. Em contrapartida, não haveria aliança formal com o PFL. Almeida insistiu e decidiu propor a composição com os carlistas, como é conhecido o grupo do senador Antonio Carlos Magalhães.
Os carlistas têm no líder do PSDB na Câmara, Jutahy Magalhães Jr., seu principal desafeto no estado. Ontem, Almeida apresentou o requerimento pela aliança, mesmo sem reunir o número de assinaturas necessárias, e Jutahy registrou a candidatura de José Carlos Fernandes ao governo. "Eles sugeriram que retirássemos a candidatura e eles desistiriam da aliança. Agora é tarde demais", declarou o líder tucano.
Não é só na Bahia de Antonio Carlos Magalhães que o partido de Alckmin encontra dificuldades com as alianças. No Maranhão, os tucanos lançarão um candidato, pois a senadora
Roseana Sarney (PFL) enfrenta resistência dentro do PSDB. Os tucanos aceitaram apoiar o PDT local. Mas, com o lançamento de Cristovam Buarque ao Planalto, a aliança foi abortada.
Em Mato Grosso, o palanque de Alckmin e do governador Blairo Maggi (PPS) ameaça ruir. Maggi quer oferecer a única vaga do Estado ao Senado para o PFL. Se isso acontecer, o senador tucano Antero Paes de Barros terá que deixar de lado a campanha pela reeleição. E o PSDB poderá lançar candidato próprio ao governo.