A greve de fome do pré-candidato à Presidência da República Anthony Garotinho está causando transtornos aos condôminos do prédio onde fica a sede do PMDB, no Rio de Janeiro. Os problemas são tantos, que já se estuda a expulsão de Garotinho do local e a cobrança de multa pelos contratempos causados.
Na sexta-feira, um dos elevadores queimou por causa do excesso de viagens, o que levou a administração do Edifício Piauí, localizado na av. Almirante Barroso, a cobrar do PMDB a assinatura de um termo de responsabilidade, restringindo o uso dos elevadores. No domingo, militantes do partido arrombaram o cadeado que trancava o prédio.
O advogado Alexandre Varela, que tem escritório no edifício, disse que a greve de fome de Garotinho está transformando um prédio comercial em local de uso político e fazendo com que todas as outras unidades do prédio saiam prejudicadas. "Nenhum condômino consegue mais usar sua unidade dentro da normalidade", afirmou.
O síndico do prédio, Cláudio Lobo, declarou que uma reunião de condomínio foi marcada para a semana que vem, e que Garotinho pode ser multado em razão dos transtornos causados. As visitas de correligionários já superam a marca de 1.500 pessoas.
Garotinho já perdeu 5,2 kg, está lúcido, porém desidratado e com sonolência. O pré-candidato do PMDB disse ontem que não abandonará a greve enquanto não tiver espaço na mídia para rebater as acusações sobre a arrecadação de dinheiro para sua pré-campanha: "Só me tiram daqui à força".