A Consultoria Legislativa da Câmara atestou a necessidade de afastar a deputada Angela Guadagnin (PT-SP) do Conselho de Ética até que o caso da dança em plenário tenha uma decisão definitiva. O presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), leu o parecer hoje, na abertura da reunião que votou o relatório pela cassação de
Josias Gomes.
Durante a sessão da Câmara que absolveu o deputado João Magno (PT-MG), acusado de envolvimento no esquema do mensalão, Angela dançou em plenário para comemorar o resultado da votação, no último dia 22.
O PPS apresentou uma representação contra a petista pedindo que ela sofresse censura verbal e por escrito. Izar afirmou que o Código de Ética diz que qualquer representação feita contra deputado membro do Conselho de Ética implica em seu afastamento imediato.
O petebista disse ainda que se a Mesa Diretora da Câmara não estiver de acordo com o afastamento, deve argumentar por escrito e enviar o documento para o Conselho. Se o pedido for pelo retorno da deputada, ela voltará. Mas a atitude não impede que se recorra à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e à própria Mesa para reverter a decisão.