Um dos pré-candidatos à presidência pelo PMDB, o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, afirmou hoje que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de suspender as prévias de domingo é uma "violência contra o partido" e uma "interferência indevida na vida política do país."
"A mobilização do nosso partido precisa continuar. Tenho certeza de que as prévias (que vão escolher o candidato presidencial do partido) vão ocorrer, nosso departamento jurídico já está entrando com o pedido de cassação dessa liminar, o que será um ato de justiça com toda a base do partido", afirmou ele.
Logo após saber da decisão, Rigotto, que está em Belo Horizonte, suspendeu sua agenda hoje e está a caminho de Brasília, onde concederá entrevista coletiva no fim da tarde. Para ele, a legalidade de todo o processo de escolha interna do candidato presidencial do PMDB fica ameaçada.
"E quem ameaça a unidade partidária são aqueles que já foram derrotados no partido por não terem votos. Eles lutam para continuar com espaços e favores do governo de plantão. Tentam vencer no tapetão e embaralhar um processo constituído pela vontade partidária, expresso por uma convenção nacional do partido", declarou, seguro de que, mesmo com a decisão desfavorável, as prévias estão mantidas.