Oposição quer prorrogação de CPI
Congresso em Foco
6/3/2006 19:00
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O PSDB e o PFL defenderam hoje a prorrogação da CPI dos Correios. Os dois partidos querem mais tempo para que a comissão investigue o suposto repasse de recursos do valerioduto ao apresentador Carlos Massa, o Ratinho. Em troca, o animador faria elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O dinheiro teria sido repassado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza ao ex-deputado José Borba (PMDB-PR). Além do acordo com Ratinho, Borba também teria articulado a distribuição de dinheiro do valerioduto a 55 dos 81 deputados do partido, suspeita que a oposição também não quer deixar de lado.
"Vamos fazer cara de paisagem para isso ou vamos prorrogar a CPI?", afirmou o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), ao defender uma articulação com os sub-relatores da comissão para estender os trabalhos.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que estão garantidas as assinaturas de 27 senadores necessárias para a prorrogação. Na Câmara, Virgílio avaliou que bastaria que Serraglio defendesse a continuidade das apurações para que 171 deputados apoiassem um novo prazo para a comissão.
No governo, porém, a disposição é contrária. Os parlamentares da base aliada defendem, com todas as forças, o fim da CPI dentro do prazo estabelecido. O presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), já afirmou que não prorrogará, sob nenhuma hipótese, o encerramento dos trabalhos.
Os líderes do PT, Ideli Salvatti (PT-SC), e do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), também defenderam hoje a conclusão dos trabalhos da CPI dos Correios no prazo definido na primeira prorrogação da comissão.
A senadora afirmou que um prazo maior para as investigações pode dificultar a aprovação do relatório final, já que o quórum do Congresso fica mais baixo na medida em que as eleições se aproximam. "Quanto mais próximo da disputa eleitoral, mas difícil de concluir os trabalhos da CPI", afirmou Ideli.
Suassuna afirmou que a prorrogação da CPI dependerá da correlação de forças no Congresso Nacional e disse que parte das denúncias publicadas pela revista Veja é "requentada". "Eu acho que a CPI está em tempo de extinção. Não resta dúvida de que tem gente que quer continuar com ela até o começo das eleições", disse o peemedebista.
O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou ser favorável a prorrogação dos trabalhos, pois sustenta que o pouco tempo de investigações deixará várias lacunas em relação ao valerioduto. Porém, disse que não pretende levar a idéia à CPI.
O dinheiro teria sido repassado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza ao ex-deputado José Borba (PMDB-PR). Além do acordo com Ratinho, Borba também teria articulado a distribuição de dinheiro do valerioduto a 55 dos 81 deputados do partido, suspeita que a oposição também não quer deixar de lado.
"Vamos fazer cara de paisagem para isso ou vamos prorrogar a CPI?", afirmou o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), ao defender uma articulação com os sub-relatores da comissão para estender os trabalhos.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que estão garantidas as assinaturas de 27 senadores necessárias para a prorrogação. Na Câmara, Virgílio avaliou que bastaria que Serraglio defendesse a continuidade das apurações para que 171 deputados apoiassem um novo prazo para a comissão.
No governo, porém, a disposição é contrária. Os parlamentares da base aliada defendem, com todas as forças, o fim da CPI dentro do prazo estabelecido. O presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), já afirmou que não prorrogará, sob nenhuma hipótese, o encerramento dos trabalhos.
Os líderes do PT, Ideli Salvatti (PT-SC), e do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), também defenderam hoje a conclusão dos trabalhos da CPI dos Correios no prazo definido na primeira prorrogação da comissão.
A senadora afirmou que um prazo maior para as investigações pode dificultar a aprovação do relatório final, já que o quórum do Congresso fica mais baixo na medida em que as eleições se aproximam. "Quanto mais próximo da disputa eleitoral, mas difícil de concluir os trabalhos da CPI", afirmou Ideli.
Suassuna afirmou que a prorrogação da CPI dependerá da correlação de forças no Congresso Nacional e disse que parte das denúncias publicadas pela revista Veja é "requentada". "Eu acho que a CPI está em tempo de extinção. Não resta dúvida de que tem gente que quer continuar com ela até o começo das eleições", disse o peemedebista.
O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou ser favorável a prorrogação dos trabalhos, pois sustenta que o pouco tempo de investigações deixará várias lacunas em relação ao valerioduto. Porém, disse que não pretende levar a idéia à CPI.
