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Cara a cara com as contradições

Congresso em Foco

23/10/2005 | Atualizado às 19:41

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Edson Sardinha

Os próximos dias não serão decisivos apenas para o deputado José Dirceu (PT-SP), cujo processo de cassação deve ser votado amanhã pelo Conselho de Ética da Câmara. Atores da maior crise política do governo Lula e do PT terão de pôr à prova esta semana todo o seu poder de convencimento no palco iluminado das CPIs do Mensalão e dos Bingos. Protagonistas de uma história ainda mal contada, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério Fernandes ficarão, finalmente, cara a cara nesta quinta-feira (27) em Brasília.

A CPI do Mensalão buscará respostas basicamente para duas questões: quem sacou e quanto das contas do empresário mineiro. Para isso, vai submeter a uma megaacareação Delúbio, Marcos Valério, a diretora-financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, e alguns dos principais sacadores das duas listas encaminhadas à Polícia Federal.

Os três passarão todo o dia no auditório da comissão. Um a um, serão chamados o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; o ex-assessor do PP João Cláudio Genu; o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas; o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri; o ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos, e o ex-chefe-de-gabinete do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, José Luiz Alves.

O encontro foi marcado para elucidar as contradições apresentadas por eles em seus respectivos depoimentos no Congresso. Simone e Valério entregaram listas com valores e destinatários distintos dos saques feitos das contas da empresa à Polícia Federal. "Quem entregou nos valores em dinheiro diz que entregou tal quantia. Quem recebeu, diz que recebeu, mas as quantias não batem", observa o relator da CPI, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG).

Caso Celso Daniel

Antes disso, na quarta-feira, os senadores promovem uma acareação entre o médico João Francisco Daniel e o professor Bruno Daniel, irmãos do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), assassinado em 2002, e o chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. Os três voltam à CPI dos Bingos por causa das contradições entre as declarações dos irmãos e do chefe-de-gabinete em relação àquele que é considerado o escândalo mais nebuloso da história do PT.

João Francisco e Bruno acusam Gilberto de ter confidenciado a eles que a morte do ex-prefeito estaria relacionada a um esquema de corrupção montado por petistas no ABC Paulista. Segundo os irmãos Daniel, Gilberto levava o dinheiro da propina para o caixa dois do diretório nacional do PT, em São Paulo. O assessor de Lula nega.

O caso Celso Daniel também será explorado amanhã pela oposição - que domina a CPI - no depoimento do juiz João Carlos da Rocha Matos. Preso pela Polícia Federal durante a operação "Anaconda" sob a acusação de vender sentenças judiciais, Rocha Matos alega ter informações até agora mantidas em sigilo sobre as investigações do assassinato do ex-prefeito de Santo André. 

Esta será a segunda acareação da CPI dos Bingos. No início do mês, faltou pouco para que os cinco convocados não partissem para as vias de fato. O ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, o bicheiro Carlos Cachoeira, o ex-advogado da Gtech Enrico Gianelli, o ex-diretor de Marketing da empresa Marcelo Rovai e o advogado Rogério Buratti mantiveram versões conflitantes sobre as negociações para a renovação do contrato de R$ 650 milhões da Caixa Econômica Federal com a multinacional.

Corrupção nos Correios

Ao mesmo tempo em que tenta fechar o cerco sobre as movimentações financeiras do publicitário Duda Mendonça no exterior, a CPI dos Correios deve aprofundar as apurações em torno de irregularidades na estatal. A comissão deve ouvir amanhã o ex-presidente dos Correios Egydio Bianchi e o ex-assessor da Secretaria de Comunicação da Presidência da República Marcos Vinícius di Flora.

Dois dias depois, o relator da subcomissão de Contratos, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), deve divulgar novo relatório parcial a partir dos resultados das auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos depoimentos prestados até agora. Cardozo diz não ter mais dúvidas da existência de um esquema de corrupção nos Correios, marcado por cobrança de propina para a condução de licitações, aditamentos irregulares em contratos e superfaturamento.

Ele pretende incluir em seu relatório parcial o valor aproximado do rombo que a corrupção provocou na empresa. O relator admite que, até o momento, ainda não encontrou nenhuma conexão entre o desvio de recursos dos Correios e o esquema de caixa dois montado por Marcos Valério.

Veja aqui a agenda da crise para esta semana.

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