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Congresso em Foco
11/8/2005 | Atualizado às 17:41
O sócio da agência de publicidade SMP&B Cristiano de Mello Paz alegou ontem desconhecer os negócios de seu associado, Marcos Valério Fernandes de Souza, que está sendo acusado de ser o operador do suposto esquema de "mensalão". Em depoimento de 12 horas às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) dos Correios e da Compra de Votos, Cristiano Paz afirmou que cuidava somente da parte de criação publicitária e negou ter qualquer envolvimento com as áreas administrativa e financeira da companhia.
Cristiano confessou, porém, que assinava cheques e ordens de pagamento do Banco Rural de Brasília sem o nome dos destinatários, confiando em seu sócio. Esses cheques e ordens de pagamento eram sempre identificados como "assunto PT/Marcos Valério". O presidente da SMP&B disse, contudo, não saber o destino desse dinheiro. Cristiano Paz também reconheceu saber dos empréstimos de cerca de R$ 55 milhões tomados por suas empresas junto aos bancos Rural e BMG que teriam sido repassados ao PT. Admitiu, ainda, ter participado de dois encontros com o então ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP).
Em seu depoimento, Cristiano Paz explicou que sempre teve a garantia, por parte de Marcos Valério, de que os empréstimos realizados pela agência de publicidade para o PT seriam quitados, e que não havia nada de errado ou irregular nos empréstimos. Quanto aos encontros com José Dirceu, Cristiano contou que o primeiro aconteceu durante uma reunião promovida pela empresa Basfrigo, potencial cliente da SMP&B. O segundo encontro de Cristiano ocorreu durante audiência concedida por Dirceu a um dos donos do Banco Rural, já falecido, que cobrava do governo maior atenção questões referentes à mineração do nióbio e a projetos do banco na Amazônia.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) sugeriu que a Polícia Federal faça acareação entre o empresário e David Rodrigues Alves, policial civil em Minas Gerais. Cristiano negou conhecer David, que é um dos maiores sacadores das contas de Marcos Valério. O policial havia afirmado, em depoimento na CPI dos Correios, que efetuava as retiradas - um total de R$ 4,9 milhões - a mando de Cristiano Paz.
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