Dirceu: "não sairei da vida política"
Congresso em Foco
1/12/2005 16:19
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Em entrevista coletiva finalizada há pouco, o ex-deputado José Dirceu (PT-SP), cassado na noite dessa quarta-feira pela Câmara, disse que, apesar de estar inelegível até 2015, não vai se afastar a política. "Já estou fazendo política", afirmou. Dirceu, que deixou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil em junho, quando as denúncias do mensalão vieram à tona, disse que vai trabalhar pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ele seja candidato em 2006.
"Vou percorrer o país, defender Lula e expor minhas idéias", afirmou. Alvo de duras críticas quando Dirceu era chefe da Casa Civil, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi elogiado pelo petista. Após a declaração, o ex-ministro foi questionado se ainda considera a política econômica equivocada. "Prefiro não fazer comentário sobre o governo; não faço mais parte dele. Além disso, se eu falar disso, vai ser o lide de vocês amanhã", respondeu. Lide é a parte introdutória de matéria jornalística, na qual se procura dar o fato, objetiva e sinteticamente, com o fim de responder às questões: o quê, quem, quando, onde, como e por quê.
O petista reconheceu os erros cometidos por seu partido e condenou estritamente o uso de caixa dois em campanhas políticas. Porém, afirmou a atual crise é um caso isolado e não pode servir como base para julgar toda a história do PT. "A Igreja Católica participou da inquisição e apoiou o golpe de 64. Depois foi contra os militares. Não podemos julgar assim. Acho que tem de pôr na balança", comparou.
José Dirceu disse que não se sentiu traído em seu julgamento na Câmara. Afirmou que não costuma alimentar ilusões acerca de "determinadas pessoas" e, por isso, não está desiludido. "Eu prefiro pensar nas centenas de companheiros que me apoiaram. Houve momentos que não sabia se resistiria. Mas quem esteve na guerra já viu coisa muito pior", enfatizou. Mas não quis dar nomes a quem seriam as pessoas a que se referiu anteriormente.
Fora o lançamento de um livro para se sustentar enquanto não pode voltar à Câmara, Dirceu não tem planos para quando recuperar seus direitos políticos. "Quem sou eu para fazer planos para daqui a oito anos? Deixa a vida me levar, como diz o nosso presidente, citando o Zeca Pagodinho".
Dirceu afirmou que vai abrir um escritório de advocacia em São Paulo com uma colega. Mas antes, disse que vai passar alguns dias nos Estados Unidos. Porém, não quis especificar o que vai fazer lá. "Não é nada de governo nem de universidade. Estou indo lá para aprender. Vou ficar na casa de um amigo, mas não direi qual, senão vocês não o deixarão em paz", disse o ex-parlamentar.
"Vou percorrer o país, defender Lula e expor minhas idéias", afirmou. Alvo de duras críticas quando Dirceu era chefe da Casa Civil, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi elogiado pelo petista. Após a declaração, o ex-ministro foi questionado se ainda considera a política econômica equivocada. "Prefiro não fazer comentário sobre o governo; não faço mais parte dele. Além disso, se eu falar disso, vai ser o lide de vocês amanhã", respondeu. Lide é a parte introdutória de matéria jornalística, na qual se procura dar o fato, objetiva e sinteticamente, com o fim de responder às questões: o quê, quem, quando, onde, como e por quê.
O petista reconheceu os erros cometidos por seu partido e condenou estritamente o uso de caixa dois em campanhas políticas. Porém, afirmou a atual crise é um caso isolado e não pode servir como base para julgar toda a história do PT. "A Igreja Católica participou da inquisição e apoiou o golpe de 64. Depois foi contra os militares. Não podemos julgar assim. Acho que tem de pôr na balança", comparou.
José Dirceu disse que não se sentiu traído em seu julgamento na Câmara. Afirmou que não costuma alimentar ilusões acerca de "determinadas pessoas" e, por isso, não está desiludido. "Eu prefiro pensar nas centenas de companheiros que me apoiaram. Houve momentos que não sabia se resistiria. Mas quem esteve na guerra já viu coisa muito pior", enfatizou. Mas não quis dar nomes a quem seriam as pessoas a que se referiu anteriormente.
Fora o lançamento de um livro para se sustentar enquanto não pode voltar à Câmara, Dirceu não tem planos para quando recuperar seus direitos políticos. "Quem sou eu para fazer planos para daqui a oito anos? Deixa a vida me levar, como diz o nosso presidente, citando o Zeca Pagodinho".
Dirceu afirmou que vai abrir um escritório de advocacia em São Paulo com uma colega. Mas antes, disse que vai passar alguns dias nos Estados Unidos. Porém, não quis especificar o que vai fazer lá. "Não é nada de governo nem de universidade. Estou indo lá para aprender. Vou ficar na casa de um amigo, mas não direi qual, senão vocês não o deixarão em paz", disse o ex-parlamentar.
