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Congresso em Foco
11/5/2007 | Atualizado às 20:37
O Papa Bento XVI pediu hoje (11) que a Igreja Católica busque novos fiéis e que tente recuperar os que já foram católicos um dia e que atualmente compartilham de outra religião. À tarde, ele se encontrou com bispos brasileiros na Catedral da Sé, em São Paulo, e à noite seguiu para Aparecida do Norte, onde celebrará missa amanhã (12). Ele também condenou a união sexual, o divórcio e o aborto, um dos assuntos mais abortados por ele desde que chegou ao Brasil, na quarta-feira (9).
“Justificam-se alguns crimes contra a vida em nome dos direitos da liberdade individual. Atenta-se contra a dignidade do ser humano, alastra-se a ferida do divórcio e das uniões livres”, declarou. Para Bento XVI, a questão só se resolve com a “evangelização em que Cristo e sua Igreja estejam no centro de toda explanação”.
“As pessoas mais vulneráveis ao proselitismo agressivo das seitas, que é motivo de justa preocupação, e incapazes de resistir às investidas do agnosticismo, do relativismo e do laicismo são geralmente os batizados não suficientemente evangelizados, facilmente influenciáveis porque possuem uma fé fragilizada e, por vezes, confusa, vacilante e ingênua, embora conservem uma religiosidade inata”, disse.
Aos bispos, o Papa disse que eles não devem poupar esforços na busca de novos católicos. Sobe a situação dos pobres, Bento VXI, que quando cardeal combateu firmemente a Teologia da Libertação, disse ser preciso ações solidárias para ajudá-los, “como faziam as primeiras comunidades cristãs, praticando a solidariedade, para que se sintam amadas de verdade”.
Papa canoniza frei Galvão
Pela manhã, Bento XVI canonizou de frei Galvão, que se tornou, assim, o primeiro santo brasileiro. A canonização aconteceu logo no início da missa que o papa celebrou no Campo de Marte, zona norte de São Paulo.
Bento XVI chegou ao local por volta de 9h, no papamóvel, e foi saudado pela multidão, que entoava um hino especialmente preparado para a visita – "Bendito, nosso povo vos acolhe com amor", diz a música.
Na primeira parte da celebração, o cardeal português D. José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, leu para o papa uma breve biografia do frade e um resumo dos trâmites do processo de canonização. Em seguida, Bento XVI proclamou a canonização.
Segundo estimativas da Polícia Militar, mais de 1,5 milhão de pessoas participaram da cerimônia. Após o anúncio, os presentes cantaram o hino de frei Galvão, enquanto as relíquias do frade foram levadas ao altar por Sandra de Almeida e o menino Enzo, personagens do segundo milagre do santo – o nascimento saudável de Enzo depois de uma gravidez considerada impossível pelos médicos.
Frei Galvão
Primeiro santo nascido no Brasil, o frei franciscano Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em uma família rica de Guaratinguetá em 1739. Aos 13 anos, foi para o Seminário Jesuíta de Belém. Mas, quando os colégios jesuítas foram fechados, tornou-se franciscano.
Em 1762, chagou ao Convento de São Francisco, no centro de São Paulo, onde permaneceu por 60 anos. Foi durante o tempo em que esteve no convento que frei Galvão construiu o mosteiro e a igreja da Luz.
Ainda em vida, surgiram as primeiras narrativas de milagres do frade. Acreditava-se que ele tivesse o dom de estar em dois lugares ao mesmo tempo e casos de cura de doentes tratados com as pílulas de Galvão foram relatados. As pílulas de Frei Galvão, ainda hoje distribuídas aos milhares na igreja da Luz, são pedaços de papel com um trecho em latim do Ofício de Nossa Senhora.
O primeiro processo de canonização de frei Galvão começou em 1938, mas não foi a diante. Em 1986, os trâmites foram reabertos. Em 1998, o primeiro milagre do brasileiro – a cura de uma menina – foi reconhecido e João Paulo II tornou-o beato. Em 2006, Bento XVI comprovou o segundo milagre e anunciou a canonização.
“Branco e alemão”
Um dos líderes do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, declarou hoje à Ansa, agência de notícias italiana, que o Papa não compreende a realidade da América do Sul por ser “branco e alemão”.
“O Papa é branco, alemão, intelectual, europeu, e não tem uma cultura em relação à América Latina. Nós compreendemos as dificuldades que ele tem em entender os problemas do povo pobre latino-americano”.
Stédile defendeu a Teologia da Libertação (do qual Joseph Ratzinger foi um dos principais críticos), de viés esquerdista. João Pedro disse ainda que os movimentos sociais brasileiros são muito gratos aos “companheiros e amigos” da Igreja Católica. (Carol Ferrare e Lucas Ferraz)
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