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Congresso em Foco
27/3/2007 | Atualizado às 8:55
O Itamaraty vai convocar, ainda esta semana, o embaixador da Venezuela no Brasil, general Júlio García Montoya, para se explicar sobre a maneira desrespeitosa com que tratou o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ao longo do fim de semana, eles trocaram ofensas e criaram polêmica sobre o modelo venezuelano de TV estatal.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, para evitar que o bate-boca prejudique as relações entre Brasil e Venezuela, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que tanto Costa quanto Montoya passaram dos limites.
"O embaixador tem todo o direito de defender e esclarecer os pontos de vista de seu país. Mas, se dirigindo a um ministro brasileiro, ele tem de respeitar certos limites na terminologia", explicou Amorim. E ponderou: "Acredito que alguma coisa tenha sido involuntária. O nosso interesse não é o de alimentar polêmica. Vou falar com o ministro Hélio Costa com o mesmo objetivo".
A troca de agressões entre os representantes de Brasil e Venezuela começou com uma declaração de Costa. Reagindo às insinuações de que a TV do Executivo seria uma máquina de propaganda estatal, o ministro disse, na última quarta-feira (21): "TV estatal é o que o Chávez faz, TV estatal é o que se faz em Cuba. TV estatal é o que se fazia na Polônia, TV estatal se fazia na antiga União Soviética. E eu estive em todos esses lugares para saber perfeitamente qual é a diferença entre estatal e pública".
No dia 23, o governo venezuelano respondeu por meio de uma nota veiculada no site da embaixada da Venezuela em Brasília. O texto, assinado pelo embaixador, classifica as declarações de Hélio Costa de "insultantes e perigosas" e condena a comparação ente "realidades diferentes que vêm acompanhada por juízos de valor que buscam inferiorizar uma das realidades".
Hélio Costa reagiu avaliando como despropositada a reação do general Julio García Montoya. O ministro aconselhou o embaixador a "dobrar a língua" e redobrou as críticas à comunicação estatal do presidente Hugo Chávez. "Estou dizendo o óbvio. O Chávez pode ser um líder carismático, mas ele faz uma péssima televisão. Como ministro das Comunicações, tenho todo o direito de fazer críticas a qualquer programação de TV que seja mostrada no Brasil. E a TV venezuelana chega pelo nosso sistema a cabo. Não é ruim. É péssima". (Carol Ferrare)
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