Serraglio: alterações ao relatório comprometeriam Lula
Congresso em Foco
3/4/2006 16:59
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O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), soltou hoje um alerta aos petistas: caso o partido insista em retirar a tese do mensalão do relatório final, vai jogar a responsabilidade sobre o valerioduto direto no colo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ou nós temos gente recebendo dinheiro do mensalão ou o dinheiro ia para o Lula e para a campanha do presidente. Para mim, o dinheiro ia para os mensaleiros. Agora, se eles (petistas) apontam que não tem mensaleiro, querem que eu indique que houve crime de responsabilidade (por parte do presidente)", disse Serraglio.
No relatório final, Serraglio sustenta que o PT usou recursos financeiros para que parlamentares da base aliada dessem apoio ao governo. Sob esse aspecto, o relator diz que Lula sabia do esquema, mas não poderia ser acusado de omissão porque tomou providências para desmantelá-lo.
Caso a tese do mensalão seja derrubada e prevaleça o argumento do caixa dois, como querem os petistas, o presidente passaria a ser responsabilizado diretamente. Isso porque recursos do valerioduto foram utilizados para custear a corrida de Lula à presidência em 2002, conforme afirmou o publicitário Duda Mendonça, marqueteiro da campanha, em depoimento à CPI.
O ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares foi quem articulou os repasses. Mas, pela legislação eleitoral, o único responsável pelas finanças da campanha é o próprio candidato - no caso, Lula.
"Houve pagamentos ilegais, indevidos e ilícitos, mas não há prova de que foram utilizados para financiar a troca de parlamentares de partidos ou a compra de votos", afirmou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).
"Ou nós temos gente recebendo dinheiro do mensalão ou o dinheiro ia para o Lula e para a campanha do presidente. Para mim, o dinheiro ia para os mensaleiros. Agora, se eles (petistas) apontam que não tem mensaleiro, querem que eu indique que houve crime de responsabilidade (por parte do presidente)", disse Serraglio.
No relatório final, Serraglio sustenta que o PT usou recursos financeiros para que parlamentares da base aliada dessem apoio ao governo. Sob esse aspecto, o relator diz que Lula sabia do esquema, mas não poderia ser acusado de omissão porque tomou providências para desmantelá-lo.
Caso a tese do mensalão seja derrubada e prevaleça o argumento do caixa dois, como querem os petistas, o presidente passaria a ser responsabilizado diretamente. Isso porque recursos do valerioduto foram utilizados para custear a corrida de Lula à presidência em 2002, conforme afirmou o publicitário Duda Mendonça, marqueteiro da campanha, em depoimento à CPI.
O ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares foi quem articulou os repasses. Mas, pela legislação eleitoral, o único responsável pelas finanças da campanha é o próprio candidato - no caso, Lula.
"Houve pagamentos ilegais, indevidos e ilícitos, mas não há prova de que foram utilizados para financiar a troca de parlamentares de partidos ou a compra de votos", afirmou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).
