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Congresso em Foco
16/6/2025 | Atualizado às 8:07
O presidente Lula embarca nesta segunda-feira (16) para Kananaskis, na província de Alberta, no Canadá, onde participará da Cúpula do G7 na terça-feira (17). Convidado pelo governo canadense, Lula estará presente no segmento de engajamento externo, um espaço reservado para diálogo com países não membros e organismos internacionais. Esta será a nona participação de Lula em uma reunião do G7.
O encontro deste ano acontece em um momento delicado do cenário global. A guerra entre Rússia e Ucrânia segue sem perspectivas de encerramento. Em Gaza, os bombardeios de Israel continuam, levando o presidente Lula a reiterar, em diversas ocasiões, sua visão de que o conflito representa um genocídio contra civis palestinos, especialmente mulheres e crianças.
O clima de tensão foi agravado na última semana com os ataques de Israel ao Irã, que geraram uma contraofensiva iraniana e acenderam o alerta sobre o risco de uma nova guerra de grandes proporções envolvendo potências ocidentais.
Além da instabilidade geopolítica, a emergência climática segue pressionando os líderes mundiais. Nações ricas, como as que compõem o G7, são frequentemente cobradas por Lula em foros internacionais pela falta de compromisso com os acordos ambientais firmados nas últimas décadas.
O tema principal do segmento de engajamento externo, com presença do presidente Lula, será a segurança energética, com foco em tecnologia, inovação, diversificação de fontes e fortalecimento de cadeias produtivas de minerais críticos. Também estarão em debate a preservação de florestas e a prevenção de incêndios.
"A participação do presidente Lula na reunião do G7 é muito importante, porque nós teremos a COP 30 no Brasil. É uma oportunidade para que o presidente possa falar da organização da COP 30 e convidar os outros líderes para que venham ao Brasil. E o tema principal de discussão do G7 tem uma ligação direta com o que será tratado na conferência em Belém", destacou o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Mauricio Lyrio.
A COP 30, que ocorrerá em Belém em 2025, terá justamente como foco a transição energética e a preservação ambiental, temas em sintonia com as discussões que o G7 promove este ano.
Ampla participação internacional
Além do Brasil, também foram convidados para o segmento de engajamento externo líderes da África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México. Representantes de organismos multilaterais como a ONU, o Banco Mundial, a Comissão Europeia e o Conselho da União Europeia também estarão presentes.
Criado em 1975 pelo então presidente francês Valéry Giscard dEstaing, o G7 reúne os sete países mais industrializados da época: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Em 2025, o bloco celebra 50 anos de existência.
O Brasil mantém diálogo constante com os membros do G7, seja de forma bilateral, seja em instâncias como o G20 e em organismos internacionais.
Agenda no Canadá
A programação da visita começa nesta segunda-feira, com a chegada de Lula a Alberta. Às 17h30 (horário local), o presidente participará de uma recepção oferecida pela premiê da província, Danielle Smith, com presença dos demais países convidados. Logo após, às 18h30, está previsto um jantar de boas-vindas promovido pela governadora-geral do Canadá, Mary Simon, em Calgary.
Na terça-feira, dia 17, as atividades incluem a recepção oficial e a tradicional foto de família com os líderes do G7 e das nações convidadas. Lula terá uma reunião bilateral confirmada com o primeiro-ministro canadense Mark Carney.
O ponto alto da participação brasileira será o almoço de trabalho do segmento de engajamento externo. O tema será "O futuro da segurança energética: diversificação, tecnologia e investimentos para assegurar acesso e sustentabilidade em um mundo dinâmico". O encerramento da agenda está previsto para as 15h30.
Expectativas para a COP 30
A participação de Lula também deve servir como uma plataforma para reforçar o convite oficial aos líderes do G7 para a COP 30, em Belém, no próximo ano. O Brasil tenta posicionar a conferência como um marco global na retomada de compromissos climáticos, diante da inércia histórica das grandes potências em cumprir metas de redução de emissões e financiamento climático para países em desenvolvimento.
A expectativa é de que a participação de Lula no G7 fortaleça o protagonismo brasileiro no debate climático e amplie o diálogo com os países industrializados sobre segurança energética e desenvolvimento sustentável.
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