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SOB NOVA DIREÇÃO
Congresso em Foco
3/8/2025 | Atualizado às 13:34
O ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro da Comunicação Social Edinho Silva tomou posse neste domingo (3) como presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Em seu discurso, Edinho destacou que sua principal missão à frente da legenda será garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 e preparar o partido para seguir forte depois que Lula deixar de disputar eleições.
"Essa é a eleição mais importante das nossas vidas", afirmou. "Temos a responsabilidade de construir o PT para quando o presidente Lula não estiver mais nas urnas disputando nosso projeto", afirmou Edinho, diante da presença do presidente e outras lideranças do partido.
Um partido para além do líder
Ao mesmo tempo em que reconheceu a centralidade de Lula na história do partido e do país, Edinho enfatizou que o futuro do PT deve ser construído com base na força institucional da sigla, e não na dependência de uma única figura.
"Seu substituto não será um nome, será o Partido dos Trabalhadores", declarou. Segundo ele, a força do partido deve estar na sua organização, no diálogo com a sociedade e na capacidade de formar novas lideranças.
Projeto político para 2026
No discurso de posse, o novo presidente delineou os eixos do programa que o PT pretende apresentar nas próximas eleições. Entre os pilares, destacou:
"Reeleger Lula é reafirmar nosso projeto de país soberano, inclusivo e comprometido com a justiça social", defendeu.
Defesa da soberania nacional
O novo presidente do PT fez críticas contundentes à política externa dos Estados Unidos e às ações do bolsonarismo, que, segundo ele, ameaçam a soberania brasileira. Ele reagiu ao aumento de tarifas imposto pelo governo norte-americano e condenou a postura de submissão adotada por setores da extrema-direita.
"Não queremos e não seremos quintal dos Estados Unidos. Somos um país soberano", disse. Em outro trecho, chamou o presidente norte-americano, Donald Trump, de "o maior líder do fascismo".
Recado à extrema-direita
O evento também teve forte tom de enfrentamento ao bolsonarismo e às ameaças antidemocráticas. A ex-presidente do PT e ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou a atuação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro e defendeu a soberania das instituições brasileiras.
"Sem anistia para uma gente traidora, que tentou dar um golpe e agora articula um golpe continuado", afirmou. Ela agradeceu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, pela condução dos processos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.
Encontro nacional e nova fase do partido
A posse de Edinho ocorreu durante o 17º Encontro Nacional do PT, que reuniu cerca de mil delegados e lideranças partidárias em Brasília. Estiveram presentes Lula, 11 ministros de Estado, parlamentares, governadores e dirigentes históricos da legenda.
Entre os momentos mais simbólicos do encontro, a calorosa recepção ao ex-ministro José Dirceu, que foi ovacionado com gritos de "guerreiro do povo brasileiro". Dirceu, condenado no escândalo do mensalão, ensaia retorno à vida política e deve disputar uma vaga na Câmara em 2026.
O encontro também aprovou a tese política da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), ligada a Lula. O documento, que vai nortear as ações do partido nos próximos anos, defende bandeiras como:
A tese também cobra do governo e do partido uma comunicação mais direta com a sociedade, aproveitando o carisma de Lula e a visibilidade dos principais ministros para fortalecer o diálogo com a população. "Se estivermos organizados, o nome e a liderança do futuro serão construídos. Temos que formar um partido à altura dos desafios que virão", concluiu Edinho Silva.
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