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LEVANTAMENTO DO SENADO

Governo corta 43% das emendas parlamentares previstas para 2025

Dos R$ 81,4 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional, R$ 46,4 bilhões devem ser liberados, segundo a consultoria de Orçamento do Senado.

Congresso em Foco

11/8/2025 11:49

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O governo federal reduziu em 43% o valor das emendas parlamentares que poderão ser pagas em 2025. Dos R$ 81,4 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional, apenas R$ 46,4 bilhões devem ser liberados. O corte, de R$ 35 bilhões, atinge todas as modalidades de emenda, com maior impacto sobre as de comissão e de bancada.

Os números constam de nota técnica da Consultoria de Orçamentos do Senado (Conorf), que analisou o Decreto 12.566, assinado pelo presidente Lula e publicado no fim de julho. O texto define o cronograma de execução orçamentária e financeira do Poder Executivo para o terceiro trimestre, impondo uma limitação de R$ 99,6 bilhões nas despesas passíveis de pagamento em 2025.

Corte do governo atinge mais recursos de emendas do que de ministérios.

Corte do governo atinge mais recursos de emendas do que de ministérios.Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Bloqueio mais duro para emendas do que para ministérios

Quando se considera todo o orçamento federal, a restrição média é de 32,1%. Mas, no caso das emendas parlamentares, o bloqueio chega a 43%, percentual significativamente mais alto que o aplicado às programações do próprio Executivo, que tiveram redução de 28,2%.

Para o consultor da Conorf Murilo Hinojosa, essa diferença se explica pelo peso maior dos restos a pagar nas emendas - despesas empenhadas em anos anteriores, mas ainda não liquidadas ou pagas.

Segundo ele, como as emendas costumam financiar investimentos, estão mais sujeitas a entraves técnicos, atrasos de execução e contingenciamentos, o que exige uma limitação proporcionalmente maior.

Modalidades mais afetadas

Entre as quatro modalidades de emendas, as de comissão sofreram o corte mais severo: R$ 11,8 bilhões bloqueados, o que representa 54,1% do total previsto para 2025. Em seguida, vêm as emendas impositivas de bancada, com redução de R$ 9,3 bilhões (44%).

As emendas individuais perderam cerca de R$ 9 bilhões (26,8%), enquanto as emendas de relator foram integralmente limitadas - nenhum centavo dos R$ 4,9 bilhões previstos poderá ser pago.

Cortes também atingem ministérios

O decreto não se restringe às emendas parlamentares. As pastas do Executivo também tiveram cortes expressivos. Em valores absolutos, Saúde e Educação lideram, com R$ 14,6 bilhões e R$ 11 bilhões de restrição, respectivamente.

Em termos proporcionais, os maiores impactos ocorreram no Ministério do Turismo (69,1%), Integração e Desenvolvimento Regional (55,2%) e Agricultura e Pecuária (50,6%). No total, os órgãos do Executivo tinham R$ 228,8 bilhões previstos em pagamentos, mas perderam R$ 64,6 bilhões - redução de 28,2%.

Bloqueio e faseamento

O Decreto 12.566 também manteve um bloqueio de R$ 10,7 bilhões em despesas discricionárias, para garantir o cumprimento do teto de gastos estabelecido pela Lei Complementar 200/2023.

Além disso, determinou um faseamento dos limites de empenho: até setembro, a autorização para novas despesas será de R$ 157,7 bilhões; em novembro, esse valor sobe para R$ 179,1 bilhões; e em dezembro, o limite volta ao total autorizado na Lei Orçamentária.

Impactos setoriais do bloqueio

O bloqueio de R$ 10,7 bilhões recaiu principalmente sobre:

  • Ministério das Cidades - R$ 2,49 bilhões;
  • Ministério da Saúde - R$ 1,8 bilhão;
  • Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional - R$ 1,46 bilhão.

Quando se olha proporcionalmente ao orçamento discricionário de cada pasta, os mais afetados foram:

  • Turismo - corte de 20,2% do total previsto;
  • Integração e Desenvolvimento Regional - 18,5%;
  • Portos e Aeroportos - 14,7%.

Equilíbrio fiscal e disputa política

A limitação do pagamento de emendas ocorre em um contexto de busca por equilíbrio fiscal e controle do teto de gastos, mas também afeta diretamente a relação política do governo com o Congresso.

As emendas são um dos principais instrumentos de negociação com a base parlamentar, e a restrição pode gerar tensões entre o Planalto e deputados e senadores, especialmente em um ano de votações estratégicas.

Segundo a Conorf, a execução orçamentária de 2025 seguirá pressionada não apenas pela necessidade de cumprimento da meta fiscal, mas também pelo volume elevado de restos a pagar, que continuará influenciando a dinâmica dos cortes ao longo do ano.

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