Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Taxação
Congresso em Foco
13/8/2025 12:40
Na terça-feira (12), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a reação do governo às tarifas impostas pelos Estados Unidos não deverá gerar elevação da dívida pública ou da inflação. A fala ocorreu durante audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado. Segundo Tebet, o plano de contingência para lidar com a taxação de produtos exportados pelo Brasil será anunciado por Lula em breve. O presidente também pretende encaminhar medida provisória ao Congresso Nacional nos próximos dias.
"O que posso dizer, por enquanto, é que vai ter um impacto fiscal muito pequeno. Temos algumas medidas que vamos trazer da época da pandemia, como subsídios, parcelamentos, prazos, carências e proteção aos trabalhadores. Mas tem um diferencial da pandemia. A gente está estabelecendo quais são os setores atingidos. Dos setores, quais são as empresas atingidas. E, das empresas, quais não conseguiram direcionar sua produção. Tem muito pouco impacto no orçamento brasileiro. É um valor muito pequeno", afirmou. O pacote deverá beneficiar setores e empresas exportadoras brasileiras que forem diretamente impactadas pelo tarifaço.
A ministra destacou que "só faltam alguns detalhes" para fechamento do plano, feito com cuidado para evitar que as medidas causem aumento da inflação. "De minha parte, é o seguinte: não pode ter aumento da dívida pública, não pode fugir das regras fiscais, a não ser nos casos excepcionais que a Constituição permite; e não pode causar mais problemas que alterem o câmbio e gerem inflação, que empobrece a população brasileira", disse.
Novas rotas de integração
Durante o debate, iniciativas das senadoras Professora Dorinha Seabra (União-TO) e Augusta Brito (PT-CE), Tebet apresentou detalhes do projeto Rotas de Integração Sul-Americana, desenvolvido pela pasta, que inclui 190 obras no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para facilitar o comércio entre Brasil e demais países da América do Sul. Para a ministra, as cinco rotas de integração previstas vão favorecer o escoamento da produção brasileira e circulação de pessoas pelo Oceano Pacífico.
"É preciso integrar as regiões, é preciso estarmos mais próximos uns dos outros para diminuir as desigualdades regionais. [...] O que acontece com a América do Sul? O comércio inter-regional é de apenas 15%. Tem alguma coisa muito errada", afirmou. "O Brasil historicamente está de costas para a América do Sul, e a América do Sul está de costas para o Brasil".
Temas
LEIA MAIS
AGÊNCIAS REGULADORAS
Ocupação da Câmara
SOCORRO AOS MAIS ATINGIDOS
Lula anuncia R$ 30 bi para proteger empresas do tarifaço dos EUA
EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
Deputado pede prisão de Hytalo Santos após denúncia de Felca
Tributação Financeira
Haddad debate nova tributação de fundos e ativos virtuais no Senado