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JULGAMENTO NO STF
Congresso em Foco
2/9/2025 18:34
O ex-senador Demóstenes Torres, advogado do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, fez uma declaração inusitada durante sua sustentação oral no julgamento da tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (3). Ele afirmou gostar tanto do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro - e disse que, se necessário, levaria cigarro para o ex-presidente na cadeia.
"É possível gostar do ministro Alexandre de Moraes e ao mesmo tempo gostar do ex-presidente Bolsonaro? Sim. Sou eu essa pessoa", afirmou. Na sequência, Demóstenes relatou um episódio ocorrido em um aeroporto de Brasília, quando encontrou Bolsonaro. "De repente, passou o Bolsonaro com uma mochilinha, parecendo um soldadinho de chumbo. Eu falei para minha mulher: 'Olha, até o Bolsonaro está me evitando. Aí ele parou lá naquele lugar que passa o raio-x, olhou e me viu, voltou correndo, me deu um abraço e falou: 'Senador, para mim não aconteceu nada."
Demóstenes teve o mandato de senador cassado, por causa de suas relações com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Como senador, chegou a ser uma das principais vozes de oposição nos dois primeiros governos Lula.
O advogado encerrou o relato dizendo que tem afeto pelo ex-presidente: "Se o Bolsonaro precisar de eu levar cigarro para ele em qualquer lugar, conte comigo. Ele é uma pessoa que eu gosto. Talvez eu seja a única pessoa no Brasil que goste do ministro Alexandre de Moraes e goste do ex-presidente Jair Bolsonaro."
A fala foi feita durante a sustentação oral de Demóstenes em defesa de Almir Garnier, que é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de participar do núcleo militar da trama golpista. Garnier responde por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. Segundo a acusação, ele teria participado de reuniões com aliados de Bolsonaro para discutir a adoção de medidas contra o resultado das eleições de 2022.
Apesar do tom descontraído no início, a sustentação de Demóstenes foi marcada por críticas à acusação da PGR e pela tentativa de dissociar Garnier das articulações golpistas. Ele afirmou que o almirante se manteve dentro da legalidade e que não há prova de sua participação ativa em qualquer trama para subverter o regime democrático.
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