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ENTREVISTA
Congresso em Foco
25/9/2025 | Atualizado às 16:46
O senador Jorge Seif (PL-SC) deixou a iniciativa privada há sete anos para mergulhar na política ao lado de Jair Bolsonaro. Empresário do ramo pesqueiro, ele se aproximou do então candidato em 2018 e foi convidado a assumir a Secretaria Nacional da Pesca, com status de ministério, após uma visita na casa de Bolsonaro. "Entrei fã e saí ministro", resume.
A parceria evoluiu para a eleição de 2022, quando Seif conquistou seu primeiro mandato como senador, após, segundo ele, uma exigência do ex-chefe. Em seu terceiro ano no Senado, o catarinense se consolida como um dos mais fiéis defensores do ex-presidente. Em entrevista ao Congresso em Foco, ele defende uma anistia que contemple Bolsonaro. "Se não for uma anistia ampla e irrestrita, a gente fica sem a possibilidade de fazer justiça", afirmou.
Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Apesar da urgência aprovada na semana passada na Câmara para acelerar a votação do projeto de anistia, o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já descartou propor perdão total para o ex-presidente e outros acusados. Paulinho diz que vai propor apenas a redução das penas impostas pela Justiça. A medida, no entanto, desagrada aos aliados de Bolsonaro.
Defesa de Bolsonaro
Na entrevista, Seif também rejeita a conclusão do STF de que houve tentativa de golpe e sustenta que Bolsonaro é vítima de "perseguição política". "Falar que um cara que estava nos Estados Unidos chefiou um golpe? Que tuitou pedindo para o pessoal se dispersar? Não faz sentido. Isso não tem lógica, a não ser como um acordão para tirá-lo da política", disse.
Segundo ele, o voto do ministro Luiz Fux, único integrante da Primeira Turma a absolver Bolsonaro no julgamento realizado no início do mês, "lavou a alma" dos bolsonaristas por rebater, ponto a ponto, as acusações contra o ex-presidente.
O senador compara o caso de Bolsonaro com o do presidente Lula, que teve suas condenações e sua inelegibilidade anuladas no âmbito da Lava Jato. O petista esteve preso por 580 dias. Para Seif, a Justiça aplica "dois pesos e duas medidas".
"Lula foi condenado, preso, seus parceiros delataram, empresas devolveram dinheiro. E tudo foi anulado por questões de foro. Já Bolsonaro, que nem estava no exercício de cargo, foi julgado pelo Supremo. Isso é uma aberração jurídica", disse.
As condenações de Lula foram anuladas pelo STF, em função da incompetência da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, para cuidar do caso, da "parcialidade" do então juiz Sergio Moro e irregularidades na atuação do Ministério Público.
Os atos de 8 de janeiro
Na visão de Seif, os episódios não configuraram golpe de Estado, mas uma manifestação que saiu do controle. Ele descreve os envolvidos como "baderneiros" e "massas de manobra" e insiste que a direita não tem histórico de depredação.
"Quem ia sentar na cadeira do presidente? Uma tiazinha de 80 anos? Não houve golpe. Houve vandalismo, houve excesso, mas não foi golpe de Estado", declarou.
Críticas ao STF e a Moraes
Seif também dirigiu críticas duras ao STF, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, a quem chama de desafeto de Bolsonaro.
"Alexandre de Moraes é um violador de direitos humanos. Ele devia já estar afastado e provavelmente processado, devido aos crimes que cometeu", disse.
"Plano B" da direita
Embora insista na aprovação da anistia, Seif admite que a proposta enfrenta forte resistência no Judiciário e no Congresso. Por isso, considera necessário um "plano B" para a direita: a indicação de um candidato alternativo por Bolsonaro.
"O nosso objetivo é aprovar a anistia, mas, se não conseguirmos, Bolsonaro vai indicar o caminho. Ele construiu lideranças, tem apoio popular e não vai deixar a direita sem rumo", declarou.
Entre os possíveis nomes mencionados por Seif estão Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado.
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