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REPRESÁLIA
Congresso em Foco
27/9/2025 9:12
O governo dos Estados Unidos revogou nesta semana o visto da presidente nacional do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Paula Coradi. A medida, anunciada pelo próprio governo Donald Trump, também atingiu outras autoridades e ex-integrantes da Justiça brasileira.
Paula, que é historiadora, confirmou o cancelamento em suas redes sociais e classificou a decisão como uma retaliação política.
"Tive meu visto dos EUA cancelado nesta semana, em uma evidente retaliação política do governo Trump à firme atuação do Psol em defesa da soberania do Brasil. Se pensam que vão nos intimidar com essas medidas tacanhas, esses fascistas estão muito enganados", escreveu.
Coradi é a atual líder nacional do Psol e tem se destacado nas críticas ao governo norte-americano, especialmente em temas ligados à política externa e à exploração de recursos naturais no Brasil. Em julho, em nome do Psol, ela apresentou uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República pedindo a prisão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por fazer lobby contra a soberania brasileira nos Estados Unidos.
Ela não foi a única brasileira a ter seu visto cassado por questões políticas nesta semana. Também tiveram os vistos para os EUA cancelados:
Também nesta semana o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos incluiu a esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci, na lista de pessoas sancionadas nos termos da Lei Magnitsky.
A Lei Magnitsky foi criada para penalizar autoridades estrangeiras, ou mesmo países inteiros, envolvidos em violações graves de direitos humanos. Moraes foi o primeiro brasileiro a ser incluído na lista, em agosto. O governo norte-americano o acusa de promover uma "caça às bruxas" contra Bolsonaro e seus aliados.
O cancelamento dos vistos e a inclusão de Viviane na Magnitsky ampliam a tensão diplomática entre Washington e Brasília, em um momento em que os governos Lula e Trump tentam costurar um encontro bilateral em território neutro. Os dois tiveram um rápido encontro na última terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e combinaram de se falar na próxima semana. Na ocasião, Trump disse que sentiu uma "química" com Lula e elogiou o presidente brasileiro.
Nas últimas semanas, o vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu que a aproximação entre Lula e Trump pode gerar desdobramentos econômicos e diplomáticos relevantes. Já senadores dos EUA têm acusado o governo brasileiro de recusar encontros presenciais com Trump.
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