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Depoimento
Congresso em Foco
6/10/2025 17:44
O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians, presta depoimento nesta segunda-feira (6) à CPMI do INSS. Ele afirmou que nunca atuou como "laranja, operador ou beneficiário de qualquer esquema" e que sua participação no escritório Nelson Wilians Advogados se restringiu a funções de gestão e governança.
Cavalcanti relatou ter ingressado no escritório em 2009, aos 23 anos, e permanecido por 16 anos, chegando ao cargo de vice-presidente. Disse que, a partir de 2017, assumiu funções mais próximas da administração, quando percebeu falhas estruturais de organização. "O escritório era regido por nove planilhas de Excel, com descontrole e falta de governança", declarou.
Segundo ele, entre 2018 e 2019 foi implementado um modelo de governança corporativa, com criação de controladorias financeira e jurídica, além de diretrizes de gestão que, de acordo com Cavalcanti, resultaram em crescimento de 47% no período.
No depoimento, ele também informou ter apresentado à CPMI contratos referentes a empréstimos envolvendo Nelson Wilians e Maurício Camisotti. Ressaltou que esses documentos já foram entregues à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal, e que os pagamentos seguem sendo realizados.
Cavalcanti negou qualquer ocultação de bens. Disse que a citação de veículos de luxo em investigações decorreu de equívocos e esclareceu que os automóveis pertencem a suas empresas, estão declarados e, em alguns casos, ainda financiados. "A tão falada Ferrari só será quitada em 2027", exemplificou. Ele também afirmou que os veículos eram guardados em estacionamentos comerciais e conduzidos por funcionários identificados, o que, em sua avaliação, comprova que não havia intenção de ocultação.
O empresário declarou que sua saída do escritório já estava definida por motivos de saúde, após enfrentar depressão, e para se dedicar a novas atividades empresariais. Disse que, desde então, não teve mais participação na gestão do escritório.
Ao longo do depoimento inicial, Cavalcanti destacou que seu patrimônio é compatível com sua atividade empresarial, baseado em contratos, notas fiscais e empresas regulares. Garantiu ainda que não recebeu informação privilegiada sobre operações policiais e que colaborou espontaneamente com as autoridades, inclusive indicando motoristas responsáveis pelos deslocamentos dos veículos citados em reportagens.
Segundo Cavalcanti, seu nome aparece nos inquéritos apenas em relação à suposta ocultação de veículos e à suspeita de ser laranja, hipóteses que ele negou. Enfatizou confiar na Justiça e afirmou que sua trajetória empresarial foi marcada por crescimento no setor jurídico e em outros segmentos, como moda, restaurantes, seguros e investimentos.
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