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Relações Bilaterais
Congresso em Foco
27/10/2025 9:00
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou, no último domingo (26), que a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa um "avanço concreto" na busca pela suspensão do tarifaço imposto às exportações brasileiras.
Em comunicado oficial, o presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou que o início do diálogo entre as duas nações constitui um passo significativo para a retomada das exportações.
"O anúncio do início das negociações sobre o tarifaço, com disposição real das duas partes para alcançar um acordo, é um passo relevante. Acreditamos que teremos uma solução que vai devolver previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras, fortalecendo a indústria e o emprego no país", afirmou.
Após a reunião entre Lula e Trump, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que a primeira rodada de negociações entre as diplomacias do Brasil e dos Estados Unidos para a revisão do tarifaço será realizada imediatamente. As negociações serão conduzidas pelo próprio chanceler, com o auxílio do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Fernando Elias Rosa. Pelo governo norte-americano, as negociações serão lideradas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Em julho deste ano, Trump anunciou a imposição de um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Adicionalmente, ministros do governo brasileiro e membros do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções por parte da administração norte-americana.
Leia a íntegra do comunicado da CNI:
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como positivo o encontro realizado neste domingo (26), na Malásia, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. O diálogo entre os dois líderes representa um avanço concreto nas tratativas bilaterais e reforça o compromisso de ambos os governos com a construção de soluções equilibradas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos.
"O anúncio do início das negociações sobre o tarifaço, com disposição real das duas partes para alcançar um acordo, é um passo relevante. Acreditamos que teremos uma solução que vai devolver previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras, fortalecendo a indústria e o emprego no país", afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Ele deixou claro que o setor continuará à disposição para contribuir tecnicamente no sentido da retomada da relação comercial entre os dois países sem tarifas abusivas.
A CNI tem atuado de forma técnica e propositiva desde o início das negociações, defendendo o caminho do diálogo e apresentando propostas concretas em áreas de interesse comum, como energia renovável, biocombustíveis, minerais críticos e tecnologia. "É natural que os Estados Unidos busquem proteger suas cadeias produtivas. O que defendemos é um processo racional, transparente e baseado em dados, que permita avançar de forma construtiva", acrescenta Alban.
Em setembro, na missão empresarial liderada pela CNI a Washington, foram abertas frentes de diálogo e cooperação em setores de alto potencial, como data centers, combustível sustentável de aviação (SAF) e minerais críticos - temas que permanecem no centro da agenda bilateral. Na ocasião, líderes industriais se reuniram com autoridades e empresários norte-americanos para discutir os impactos das tarifas sobre exportações brasileiras e abrir caminhos para novas negociações.
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