Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
BANCO CENTRAL
Congresso em Foco
5/11/2025 | Atualizado às 13:13
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, comprometeu-se a comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado em 25 de novembro para prestar esclarecimentos sobre um acordo de leniência firmado pela instituição com o ex-presidente Roberto Campos Neto. Ao assumir o compromisso, Galípolo escapou de uma eventual convocação para comparecer à CAE. O requerimento era de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da comissão.
Renan decidiu chamar o presidente do BC após reportagens revelarem que Campos Neto pagou R$ 300 mil para encerrar um processo administrativo relacionado a operações de câmbio.
Segundo o senador, o objetivo da audiência é "esclarecer os termos, a motivação jurídica e os impactos institucionais da medida", considerada sem precedentes no âmbito do Banco Central. O emedebista destacou que a transparência é essencial para preservar a credibilidade da autoridade monetária e garantir que os processos administrativos sancionadores sejam conduzidos de forma pública e isenta.
"Os esclarecimentos são importantes para o fortalecimento institucional da autoridade monetária e da efetiva motivação e transparência nos processos administrativos do BC", afirmou Renan no requerimento.
O termo de compromisso foi assinado em junho de 2025, após o término da gestão de Campos Neto no comando da autarquia. De acordo com informações da imprensa e de documentos enviados ao Senado, o ex-presidente se comprometeu a pagar R$ 300 mil ao Banco Central como contribuição pecuniária para encerrar o processo que apurava supostas falhas de verificação de operações de câmbio do Santander Brasil, banco no qual atuou como gestor antes de assumir o BC.
Em julho, o Comitê de Decisão de Processo Administrativo Sancionador (Copas) do Banco Central decidiu arquivar o processo contra Campos Neto, por unanimidade, após a assinatura do termo. Os detalhes do caso permanecem sob sigilo administrativo.
Contas-bolsão e o Coaf
Na mesma reunião, a CAE também deverá ouvir o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Saadi, sobre as chamadas "contas-bolsão" - instrumento que foi usado em esquemas de lavagem de dinheiro por organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), desmantelado pela Operação Carbono Oculto, em agosto.
As contas-bolsão são contas únicas abertas por fintechs em bancos tradicionais, usadas para movimentar recursos de vários clientes como se fosse um "cofre coletivo". Essa estrutura dificulta a identificação da origem e do destino do dinheiro, o que levou o Banco Central a proibir o modelo por meio de uma norma publicada nesta semana.
O BC e o Coaf devem explicar aos senadores como pretendem reforçar os mecanismos de supervisão e rastreamento de operações financeiras no sistema bancário e no setor das fintechs, que, nos últimos anos, vêm crescendo rapidamente e se tornando alvo de criminosos em busca de brechas regulatórias.
Temas
LEIA MAIS
IMPOSTO DE RENDA
LEI TRABALHISTA
Câmara aprova ampliação da licença-paternidade para até 20 dias
Imposto de Renda
Comissão adia votação da isenção do IR para esta quarta-feira
Câmara dos Deputados
Fim da escala 6x1 será votada no início de 2026, prevê Hugo Motta
OPERAÇÃO GALHO FRACO
PF apreende R$ 430 mil em dinheiro no flat de Sóstenes; veja vídeo