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Regulação
Congresso em Foco
7/11/2025 | Atualizado às 16:52
A autonomia sobre horários e jornadas é o principal atrativo da atividade para motoristas de aplicativo. Esse dado é resultado de levantamento do Instituto de Pesquisa Datafolha, que aponta a flexibilidade como fator essencial na categoria para 93% dos respondentes. Na mesma categoria, 84% enxerga o trabalho intermediado como acesso fácil à geração de renda.
Segundo a pesquisa, a satisfação profissional também é acordo entre a maioria. 72% dos motoristas cadastrados querem continuar na função. Somente um em cada dez cogita deixar a categoria. 1,8 mil motoristas de todas as regiões do país entre maio e agosto deste ano foram ouvidos no levantamento.
Trabalho principal ou complementar
O levantamento também aponta que 58% possui outra atividade profissional, com destaque para empregos assalariados registrados (27%) e prestação de serviços como autônomos (5%). Essa característica reforça a utilização do trabalho como renda suplementar.
A falta de dedicação exclusiva reflete no número de horas trabalhadas. Em média, os motoristas ficam logados 26 horas semanais. A maior parte (60%) por menos de 20 horas semanais, enquanto 40% dedicam-se de 20 a mais de 40 horas semanais à atividade, carga horária padrão no Brasil.
Insegurança jurídica assusta e CLT afasta
O levantamento também aponta que a indefinição jurídica sobre a relação de trabalho entre motoristas de aplicativo e plataformas digitais causa insegurança no setor: 56% dos motoristas ouvidos afirmam estar preocupados com a ausência de uma decisão do Judiciário sobre a existência ou não de vínculo empregatício.
Metade dos entrevistados afirmou que buscaria outra atividade como autônomo caso a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema for pela adoção do regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A Corte analisa, no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1.532.603, a licitude da contratação de trabalhadores autônomos ou de pessoas jurídicas para a prestação de serviços.
Mesmo diante da possibilidade de manter a mesma remuneração líquida atual, 66% dos motoristas disseram que não aceitariam migrar para um modelo formal de contratação. A autonomia sobre horários e jornadas é o principal atrativo da atividade, citado por 93% dos respondentes como um fator essencial para continuar dirigindo por aplicativo.
Além da flexibilidade, o aumento do custo de vida (87%), a busca por autonomia (84%) e a necessidade de complementar a renda (79%) são apontados como as principais razões para aderir ao modelo de trabalho via plataformas digitais.
Previdência social
Apesar da informalidade, 61% dos motoristas já possuem algum tipo de contribuição à previdência, maioria por meio de contribuição para Microempreendedor Individual (MEI), como contribuinte individual ou pelo Simples Nacional. Outros 33% estão cobertos por vínculos formais em outra atividade, e 9% têm planos privados.
Entre os que não contribuem, os principais motivos são o alto custo das mensalidades (32%), a percepção de que o sistema previdenciário não funciona para a realidade deles (23%) e a burocracia envolvida no processo (17%).
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