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CPMI DO INSS
Congresso em Foco
11/11/2025 10:31
O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), fez críticas à atuação dos próprios membros da comissão durante a sessão de segunda-feira (10). Em discurso, o parlamentar afirmou que há uma tentativa interna de proteger investigados suspeitos de envolvimento em um esquema queteria desviado mais de R$ 6 bilhões em propinas.
Segundo Gaspar, essa proteção se manifesta na resistência de alguns parlamentares em aprovar convocações e quebras de sigilo de pessoas ligadas ao caso. Entre os nomes citados estão Paulo Boudens, Daniela Fonteles, Roberta Luchsinger e Gustavo Gaspar.
"É de revoltar a blindagem, mas deixa eu dizer uma coisa ao povo brasileiro. O STF não é o principal blindador desta comissão. Esta comissão, por seus pares, blindou de vir aqui Gustavo Gaspar. Blindou de vir aqui Paulo Bouldens. É só olhar quem blindou. Recebeu 3 milhões de reais do Careca", disse o relator.
Ele acrescentou que "a blindagem pela própria comissão é uma vergonha" e afirmou que os envolvidos "receberam milhões de reais de dinheiro roubado do povo brasileiro".
Gaspar também usou a tribuna para ampliar as críticas à condução das investigações, afirmando que o bloqueio de informações e a resistência interna impedem o avanço da CPMI. Segundo ele, há parlamentares que "blindam investigados" e dificultam a apuração dos fatos.
"Essas blindagens nos impossibilitam de avançar ainda mais na investigação", afirmou.
Durante a sessão, que contou com a presença do dirigente da Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista (AASAP), Igor Dias Delecrode, o deputado também criticou o habeas corpus concedido pelo STF, que garantiu ao depoente o direito de permanecer em silêncio.
Além disso, o parlamentar mencionou ainda que as tentativas de barrar convocações e quebras de sigilo atingem diretamente nomes ligados ao "Careca do INSS", figura central do esquema.
"Vocês vão cair de costas no dia que souberem quem se aliou ao Careca do INSS, quem teve mesada paga pelo Careca do INSS", declarou.
Investigação
Instalada para apurar possíveis fraudes no sistema de empréstimos consignados do INSS, a CPMI tem como objetivo identificar os responsáveis por irregularidades envolvendo descontos indevidos e operações ilegais que afetaram aposentados e pensionistas.
Presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), a comissão reúne deputados e senadores em uma atuação conjunta. Desde o início dos trabalhos, o colegiado colhe depoimentos de ex-dirigentes públicos, representantes de associações e intermediários de crédito.
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