Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
UNIÃO PROGRESSISTA
Congresso em Foco
5/12/2025 | Atualizado às 9:00
Os partidos União Brasil e Progressistas (PP) protocolaram nesta quinta-feira (4) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de registro da federação partidária que pretendem formar. A nova estrutura, batizada de União Progressista, reunirá duas siglas de grande capilaridade nacional e tem potencial para assumir o protagonismo do sistema partidário brasileiro caso seja aprovada.
A análise ficará sob responsabilidade da ministra Estela Aranha. Para que a federação já possa disputar as eleições de 2026, o tribunal precisa validar o arranjo até seis meses antes do início da campanha, prazo que se encerra no começo de abril.
Diferentemente das coligações eleitorais, as federações obrigam os partidos a atuarem de forma integrada por ao menos quatro anos. Isso inclui unificação de posições políticas, elaboração conjunta de estratégias eleitorais e definição centralizada das candidaturas. A parceria entre União e PP foi aprovada internamente em agosto, mas as negociações locais retardaram a oficialização.
Se receber o aval do TSE, a União Progressista estreia com a maior bancada na Câmara, a maior presença entre prefeitos e vereadores e, sobretudo, a fatia mais robusta dos recursos eleitorais e partidários disponíveis para 2026.
Dirigentes envolvidos nas tratativas afirmam que o novo bloco pretende exercer oposição crítica ao governo do presidente Lula, atuando sob um discurso de equilíbrio entre responsabilidade fiscal e compromisso social.
Corrida presidencial movimenta os dois partidos
A definição sobre o nome que representará a federação na eleição presidencial ainda está aberta. No União Brasil, ganha força a pré-candidatura do governador goiano Ronaldo Caiado. No PP, o presidente da sigla, Ciro Nogueira, defende que a federação se una em torno de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicanos, visto por setores da centro-direita como opção competitiva para 2026.
Pelo estatuto da federação, caberá à direção nacional da União Progressista bater o martelo sobre os candidatos a presidente e vice, com base em indicações apresentadas por cada partido. Decisões sobre apoios externos também serão feitas nesse colegiado.
Atualmente há quatro federações partidárias reconhecidas no país. São elas:
Ruptura com o governo expõe tensões internas
Os dois partidos decidiram recentemente retirar seus filiados de postos no governo federal, movimento que acentuou o distanciamento em relação ao Palácio do Planalto. O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), tornou-se alvo de pressão interna e pode ser expulso caso continue no cargo. Já o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), perdeu suas funções na direção partidária, embora permaneça na Esplanada.
O acordo firmado entre as duas siglas prevê que, até o fim de 2025, o comando da federação será compartilhado por Antonio de Rueda e Ciro Nogueira. Entre 2026 e 2029, a presidência ficará exclusivamente com Rueda, enquanto Nogueira ocupará a vice-presidência.
Impacto eleitoral e financeiro
A possível fusão de União Brasil e PP tem sido observada atentamente por outras lideranças partidárias, que calculam os efeitos dessa "superfederação" no xadrez eleitoral. Considerando os critérios atuais de distribuição, o novo bloco teria direito à maior parcela do fundo eleitoral entre todos os partidos brasileiros.
Tomando como referência os repasses de 2024, a União Progressista movimentaria próxima de R$ 1 bilhão em recursos públicos para campanhas e manutenção partidária, volume inédito desde a criação das federações. O pedido agora segue para análise técnica e posterior julgamento no TSE.
LEIA MAIS
impeachment de ministros
Nikolas protocola PEC contra decisão que limita impeachment no STF