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Economia
Congresso em Foco
8/12/2025 14:30
As projeções do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira para 2025 foram revisadas para cima, passando de 2,16% para 2,25%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central (BC). O relatório compila semanalmente as expectativas de analistas e instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
Para 2026, a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, subiu de 1,78% para 1,8%. Para 2027 e 2028, as projeções permanecem em 1,84% e 2%, respectivamente.
No segundo trimestre de 2025 o PIB cresceu 0,4%, impulsionado pelos setores de serviços e indústria, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o avanço foi de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e o melhor desempenho desde 2021, quando o país registrou alta de 4,8%.
Cotação
O mercado também ajustou a previsão para o dólar: R$ 5,40 no fim de 2024 e R$ 5,50 no encerramento de 2026. Em relação à inflação, a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu levemente de 4,43% para 4,4% em 2024. Para 2026, passou de 4,17% para 4,16%. As projeções para 2027 e 2028 são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.
Inflação
A estimativa para a inflação recuou pela quarta semana seguida, influenciada pelo resultado de outubro: 0,09%, o menor para o mês em quase três décadas. O alívio na conta de luz foi um dos principais fatores para a desaceleração. Em setembro, o IPCA havia sido de 0,48%. Com o resultado de outubro, a inflação acumulada em 12 meses caiu para 4,68%, primeira vez em oito meses que o indicador fica abaixo de 5%, embora ainda acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%. O IBGE divulga o IPCA de novembro nesta quarta-feira (10).
Para cumprir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic como principal instrumento. Atualmente em 15% ao ano, a Selic foi mantida pela terceira vez consecutiva, refletindo a desaceleração da atividade econômica e o recuo da inflação. O BC, porém, ressaltou que não descarta voltar a elevar os juros "caso julgue apropriado".
Segundo nota da autarquia, o ambiente externo segue incerto, especialmente por causa das condições econômicas e da política monetária nos Estados Unidos, que afetam o fluxo financeiro global. No cenário doméstico, apesar da desaceleração econômica, a inflação ainda se mantém acima da meta, o que reforça a expectativa de juros altos por um período prolongado. O Copom realiza a última reunião do ano nesta terça (9) e quarta-feira (10).
O mercado projeta que a Selic termine 2025 em 15% ao ano e caia para 12,25% no fim de 2026. Para 2027 e 2028, as previsões apontam novas reduções, para 10,5% e 9,5% ao ano, respectivamente.
A Selic é usada para controlar a demanda na economia: juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança, reduzindo o consumo e, consequentemente, a pressão inflacionária. Por outro lado, podem desacelerar a atividade econômica. Na ponta final, os bancos consideram ainda os riscos de inadimplência, custos e margem de lucro ao definir as taxas ao consumidor. Quando a Selic cai, o crédito tende a ficar mais barato, estimulando produção e consumo, o que reduz o controle sobre a inflação, mas impulsiona o crescimento econômico.
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