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SENADO
Congresso em Foco
10/12/2025 12:08
Um recurso apresentado pelo líder do PL, Carlos Portinho (RJ), e assinado por outros 18 senadores da oposição, obrigará o Senado a votar em Plenário o projeto de lei 5.473/2025, que aumenta a tributação sobre casas de apostas online (bets), fintechs e instituições financeiras. O pedido foi protocolado junto à Mesa Diretora e derruba a decisão terminativa da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde o texto havia sido aprovado na semana passada.
Pelo Regimento Interno, a assinatura de ao menos um décimo dos parlamentares — nove senadores — já seria suficiente para levar o projeto ao plenário. Com 19 assinaturas, o recurso tem força mais que suficiente para alterar o rito e congelar o avanço automático da matéria para a Câmara dos Deputados.
A iniciativa da oposição representa um revés para o governo, que esperava concluir a votação na CAE e enviar o texto diretamente à Câmara. Agora, terá de negociar voto a voto no Plenário, onde há maior fragmentação e pressões de diversos setores afetados, como bancos, plataformas de apostas e empresas de tecnologia. A equipe econômica estima arrecadar com a proposta quase R$ 4 bilhões.
O que a oposição alega
Na justificativa do recurso, Portinho afirma que o projeto tem "elevada relevância fiscal, social e de equidade tributária" e precisa ser debatido por todos os senadores. Ele destaca a complexidade da proposta, que altera alíquotas da CSLL de fintechs, amplia a participação do governo na arrecadação das bets e cria o Programa de Regularização Tributária para pessoas físicas de baixa renda.
Veja a íntegra do recurso da oposição.
O líder do PL também chama atenção para o grande número de emendas — 185 no total, muitas entregues, segundo ele, na véspera da votação na CAE — e argumenta que apenas o Plenário permitiria um ajuste mais cuidadoso da política tributária.
Portinho ainda sustenta que há "desequilíbrios" entre a carga tributária de fintechs e empresas de apostas e menciona estudos do FMI, do Banco Mundial e do Banco Central como base para defender a revisão das assimetrias regulatórias.
Além de Portinho, assinam o recurso: Eduardo Girão (Novo-CE), Cleitinho (Republicanos-MG), Jorge Seif (PL-SC), Marcos Pontes (PL-SP), Sergio Moro (União-PR), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Rogério Marinho (PL-RN), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Plínio Valério (PSDB-AM), Dr. Hiran (PP-RR), Izalci Lucas (PL-DF), Esperidião Amin (PP-SC), Jaime Bagatolli (PL-RO), Damares Alves (Republicanos-DF), Wilder Morais (PL-GO), Eduardo Gomes (PL-TO), Wellington Fagundes (PL-MT) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Com o recurso, o projeto fica parado até ser incluído na ordem do dia do Plenário do Senado.
Leia a íntegra do relatório aprovado na CAE.
Comissão aprovou alíquotas escalonadas
O texto aprovado no último dia 2 pela CAE, por 21 votos a 1, é de autoria de Renan Calheiros (MDB-AL) e teve relatoria de Eduardo Braga (MDB-AM). A primeira versão previa elevar de 12% para 24% a tributação das bets, mas Braga reduziu a alíquota máxima e propôs um escalonamento gradual, o que também reduziu a arrecadação estimada pelo governo.
Tributação das bets
2025: alíquota sobe de 12% para 18%
2026-2027: fica em 15%
2028: chega a 18%
A arrecadação prevista passou de R$ 4,98 bilhões para R$ 3,99 bilhões.
CSLL de fintechs e bancos também aumentará
O relator também escalonou o aumento da CSLL para fintechs e bancos:
Bancos (hoje pagam 15%)
Outras mudanças incluem:
Objetivo fiscal: recuperar perdas da MP do IOF e compensar estados
A proposta funciona como alternativa à MP 1.303/2025, que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e tributava aplicações financeiras, mas perdeu validade após resistência da Câmara. O governo conta com o projeto para recompor parte do espaço fiscal previsto originalmente na medida provisória.
Segundo o texto aprovado na CAE:
Braga e Calheiros estimam que, quando o escalonamento estiver completo, a arrecadação poderá chegar a R$ 5 bilhões em 2026.
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