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REDUÇÃO DE PENAS

Amin apresenta relatório e restringe PL da Dosimetria ao 8 de Janeiro

Relator acolheu emenda considerada redacional para limitar efeitos do projeto aos atos golpistas. Votação na CCJ ainda depende de acordo entre os senadores. Veja a íntegra do texto.

Congresso em Foco

17/12/2025 9:50

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O relator do chamado PL da Dosimetria, senador Esperidião Amin (PP-SC), apresentou nesta quarta-feira (17) o parecer sobre a proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, com uma mudança considerada estritamente redacional para limitar expressamente o alcance do projeto aos crimes cometidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Apesar da leitura do relatório, a votação ainda depende de acordo entre os senadores e pode ser adiada por pedidos de vista.

Veja a íntegra do relatório de Amin.

Os senadores Alessandro Vieira (MDB-SE), Randolfe Rodrigues (PT-AL) e Rogério Carvalho (PT-SE) apresentaram parecer paralelo, propondo a rejeição total do texto enviado pela Câmara.

Esperidião Amin apresentou parecer pela aprovação do projeto, com mudança de redação proposta por Sergio Moro.

Esperidião Amin apresentou parecer pela aprovação do projeto, com mudança de redação proposta por Sergio Moro.Waldemir Barreto/Agência Senado

Em seu relatório, Esperidião Amin acolheu a Emenda nº 6, apresentada pelo senador Sergio Moro (União-PR), que deixa explícito que as novas regras de dosimetria penal se aplicam apenas aos crimes praticados no contexto do 8 de janeiro. Segundo o relator, a alteração não muda o mérito da proposta aprovada pela Câmara dos Deputados, servindo apenas para esclarecer a intenção original do legislador e evitar interpretações que ampliem os efeitos do texto para crimes comuns.

"O que se faz é um esclarecimento, não uma alteração de sentido", afirma Amin no relatório, ao sustentar que a redação vinda da Câmara deixou margem para dúvidas técnicas sobre o alcance das mudanças na progressão de regime previstas na Lei de Execução Penal. Para ele, a emenda corrige uma redação "truncada", sem inovar no conteúdo aprovado pelos deputados. Com mudança apenas de redação, sem entrar no mérito, o texto pode ser enviado à sanção presidencial sem voltar à Câmara.

Restrição ao 8 de janeiro

O projeto de lei 2.162/2023, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), altera dispositivos da Lei de Execução Penal e do Código Penal. Embora a proposta original previsse anistia, o texto aprovado na Câmara, sob relatoria do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), passou a tratar de ajustes na dosimetria das penas aplicadas aos crimes contra o Estado Democrático de Direito, especialmente os relacionados ao 8 de janeiro.

No parecer, Esperidião Amin afirma que tanto a intenção do autor quanto a do relator na Câmara sempre foi restringir os efeitos da proposta aos crimes daquele episódio, argumento que ele sustenta com base nas notas taquigráficas da votação na Câmara. O relator cita manifestações feitas em plenário para rebater críticas de que o projeto abriria brechas para beneficiar crimes comuns, como homicídio, tráfico ou corrupção.

A emenda de Sergio Moro, incorporada ao relatório, ajusta a redação do artigo 112 da Lei de Execução Penal para afastar qualquer interpretação que permita a aplicação das novas regras a crimes praticados fora do contexto dos atos golpistas. Amin argumenta que, sem essa correção, poderia existir dúvidas técnicas sobre a progressão de regime em crimes cometidos com violência ou grave ameaça, mas não relacionados ao 8 de janeiro.

Sem retorno à Câmara

Um dos pontos centrais do relatório é a defesa de que a mudança não exige o retorno do projeto à Câmara dos Deputados. Segundo Amin, por se tratar de emenda de redação — e não de mérito —, o texto poderia seguir diretamente para sanção presidencial caso seja aprovado no Senado. O relator cita precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF) para sustentar que ajustes feitos pela Casa revisora apenas para explicitar a vontade do legislador não configuram inovação legislativa.

As demais emendas apresentadas ao projeto foram rejeitadas. Para o relator, algumas repetiam o mesmo objetivo da emenda de Moro, mas com técnica legislativa inferior, enquanto outras alterariam o mérito da proposta e atrasariam a tramitação.

Apesar da apresentação do relatório, a votação do projeto na CCJ ainda é incerta. Senadores já indicaram que devem pedir vista, o que pode adiar a deliberação. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), defende que o texto seja votado ainda nesta semana e, se aprovado na CCJ, levado diretamente ao plenário. No entanto, a falta de acordo entre as bancadas e a resistência de partidos como MDB e PSD seguem como obstáculos para o avanço imediato da proposta.

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