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Congresso em Foco
20/12/2025 11:31
Em seu discurso na Cúpula do Mercosul neste sábado, o presidente Lula comentou sobre a escalada do atrito entre os Estados Unidos e a Venezuela, que se encontra em bloqueio naval. De acordo com o chefe de governo brasileiro, uma invasão continental resultaria em uma nova crise humanitária, podendo surtir efeitos para além da América do Sul.
"Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional. Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo", declarou Lula.
O discurso foi proferido menos de uma semana após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinar a apreensão de petroleiros clandestinos que saem de portos venezuelanos. Lula vem tentando intermediar uma solução pacífica entre os dois países desde o início das operações navais americanas no Mar das Antilhas e no Caribe.
8 de janeiro
Sem citar nomes, Lula também comentou sobre a conclusão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e envolvimento nos ataques às sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023.
"A força dos regimes democráticos também vem sendo colocada à prova. A democracia brasileira sobreviveu ao mais duro atentado sofrido desde o fim da ditadura. Os culpados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 foram investigados, julgados e condenados conforme o devido processo legal. Pela primeira vez na sua história, o Brasil acertou as contas com o passado", disse.
Lula aproveitou para relembrar dos 50 anos da Operação Condor, movida pelo governo americano na segunda metade do século XX para promover ditaduras militares contra o continente. "Se regimes ditatoriais se articularam para perseguir seus cidadãos, cabe aos governos democraticamente eleitos trabalhar juntos para garantir a todos uma vida melhor, com base na promoção e na proteção dos direitos humanos. Mesmo que alguns se mostrem saudosos de antigos ditadores, devemos insistir em caminhar para frente, nunca para trás".
Este foi o último discurso de Lula, em seu atual mandato, como presidente do Mercosul. O bloco é gerido em esquema de revezamento, passando em 2026 à chefia do presidente do Paraguai, Santiago Peña.
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