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Pomar: "Temos de ter uma atuação independente"

Congresso em Foco

30/11/2007 | Atualizado 5/12/2007 às 11:33

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Divulgação/PT

Paulo Franco

Secretário de Relações Internacionais do PT, o candidato à presidência do PT Valter Pomar, 41 anos, diz que o partido precisa assumir uma postura de independência em relação ao governo Lula.

Na avaliação dele, os petistas têm a obrigação de defender o governo dos ataques da “oposição de direita”, mas não podem perder de vista que representam a face esquerdista de uma gestão de centro-esquerda.

“Raciocínio semelhante vale para o Congresso Nacional: somos parte da base do governo, mas temos que ter uma atuação independente como partido”, afirma Pomar.

Nesta entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, o candidato critica a timidez do governo Lula nas reformas estruturais e defende o rompimento da aliança política com partidos conservadores e o estreitamento das relações com aliados históricos do PT, como o PCdoB, o PSB e o PDT.

Crítico do antigo Campo Majoritário, Pomar também defende a união de todos os candidatos contra o atual presidente, Ricardo Berzoini, que concorre à reeleição, em um eventual segundo turno. “Governamos o país, mas nossos métodos de gestão estão muito aquém de nossas tarefas”, afirma.

Clique aqui para saber mais sobre Valter Pomar

Congresso em Foco – Quais os principais pontos defendidos pela sua candidatura?
Valter Pomar –
A nova direção partidária tem dois objetivos principais: preparar o terreno para a vitória do PT nas eleições presidenciais de 2010 e preparar o partido para o que virá a partir de janeiro de 2011. Para dar conta desses dois objetivos principais, defendemos que a nova direção tenha cinco tarefas prioritárias: vencer as eleições 2008, reaproximar o PT dos movimentos sociais, reaproximar o PT dos partidos de esquerda, aumentar a influência do PT no governo Lula e organizar melhor o partido, construindo nossa escola nacional de formação e nosso jornal para os militantes petistas.
 
O PT defende financiamento público de campanha, mas até que a prática seja definitivamente adotada no Brasil, o que o partido pode fazer para evitar problemas na prestação de contas e eventual prática de caixa dois?
Enquanto houver financiamento empresarial, haverá risco de corrupção e caixa dois. Por isso, defendemos o financiamento público. Enquanto o financiamento público não vem, o PT precisa, por sua conta, adotar critérios rigorosos, que incluem: definir e divulgar critérios claros (de quais empresas receber ou não), dar publicidade imediata a todas as contribuições, dar publicidade ao uso que o partido faz dos recursos do Fundo Partidário, estabelecer o controle coletivo das finanças, acabando com o "tesoureiro monocrático" e colocando no seu lugar três tesoureiros, cujas decisões tem que ser tomadas em conjunto. Ao lado disso, precisamos ampliar o financiamento próprio do partido, através de contribuições militantes, venda de materiais e campanhas de arrecadação.
 
O senhor tem afirmado que o atual modelo de gestão do chamado Campo Majoritário se esgotou. Qual é esse modelo e por que ele não funciona mais?
De acordo com esse modelo, existe um grupo que é maioria fixa, independentemente do tema e do momento. As decisões da maioria são tomadas por ela própria, a parte. Era comum, antes das reuniões do Diretório Nacional, ocorrer uma reunião do Campo Majoritário, que votava e decidia entre eles o que iam defender no diretório. Como resultado disso, as reuniões do diretório perdiam razão de ser. O partido e suas instâncias eram substituídas, pouco a pouco, pela tendência majoritária. Mais adiante, algumas pessoas do Campo Majoritário começaram a tomar decisões individuais, em nome do próprio partido. Esse método, que eu chamo de "maioria presumida" – eu presumo que sou maioria e, portanto, faço as coisas em nome do partido) –, é uma das origens da crise de 2005. Esse modelo de gestão só funcionou enquanto a estratégia do Campo Majoritário era hegemônica no interior do PT. Depois de 2004, com a derrota que sofremos nas eleições municipais, e de 2005, com a crise, as pessoas perceberam que essa estratégia havia se esgotado.
 
Qual o modelo de gestão que sua chapa vai implementar se for eleita?
Um modelo baseado em dois pilares: na democracia interna e no aprimoramento da capacidade dirigente. A democracia interna supõe proporcionalidade na composição do Diretório Nacional e da Executiva Nacional, reuniões periódicas das instâncias partidárias, debates e consultas periódicas à base do partido, cujas decisões devem ser respeitadas. O aprimoramento da capacidade dirigente supõe capacitar o PT e sua direção nacional, pois somos o principal partido de esquerda do Brasil, governamos o país, mas nossos métodos de gestão estão muito aquém de nossas tarefas.
 
Todos os candidatos afirmaram que o PT precisa se reaproximar dos movimentos sociais. Por que houve esse afastamento e como fazer a reaproximação?
O afastamento tem duas causas principais. A primeira delas é que, nos anos 1990, os movimentos sociais sofreram um refluxo e, ao mesmo tempo, o PT continuou a crescer na institucionalidade, elegendo governos e parlamentares. Em segundo lugar, uma parcela do PT deixou de acreditar que, para termos mudanças profundas no Brasil, é preciso ter luta social e movimentos sociais organizados. Para reaproximarmos, temos que fazer dois movimentos: o primeiro é teórico-ideológico, compreender que para mudar o país não basta ter espaço em governos e parlamentos, é preciso ter muita luta e organização autônoma das classes trabalhadoras. O segundo movimento é político-prático: o PT precisa investir muito mais nos movimentos e lutas sociais, apoiando e dialogando com os movimentos, estimulando e organizando a ação de seus militantes que estão nos movimentos. E, claro, apoiando suas principais bandeiras.
 
Como deve ser o relacionamento do partido com o governo Lula? E o relacionamento do PT com o congresso?
O PT faz parte e apóia o governo Lula, defendendo-o dos ataques da oposição de direita. Ao mesmo tempo, o PT é a ala esquerda do governo, afinal o governo Lula é de centro-esquerda. Mesmo que para isso tenha que enfrentar os aliados de centro e direita. Raciocínio semelhante vale para o Congresso Nacional: somos parte da base do governo, mas temos que ter uma atua&

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