Em viagem à Argentina, o presidente Lula disse hoje (10), em entrevista ao seu programa semanal de rádio, “Café com o Presidente”, que não está considerando a hipótese da CPMF ser rejeitada no Senado.
“É uma questão de responsabilidade e estou tranqüilo e convencido que, em todos os partidos políticos, a maioria dos senadores querem votar favorável à CPMF. Obviamente que tem pressão de um ou de outro partido político, mas acho que o bom senso vai prevalecer”, afirmou ele.
O presidente também garantiu que o governo está aberto a negociar com a oposição em troca de apoios. “Nós agora vamos entrar numa reta final. Se alguém tiver proposta nova que as faça, o governo vai estudar cada uma dessas propostas. O que é importante é que esse imposto tem que ser votado tal como ele foi aprovado na Câmara”, defendeu.
Caso a PEC 89/2007 seja rejeitada ou modificada, o governo terá de interromper a cobrança da CPMF, pelo menos temporariamente. Isso porque se a prorrogação do imposto até 2011 não for aprovada em segundo turno pelo Senado até o próximo dia 31, a CPMF deixará de valer. Se a votação ficar para o próximo ano, a volta do imposto só será possível após 90 dias de sua aprovação.
“Eu estou convencido que o Senado está maduro, está preparado para fazer essa votação, sabendo que não é possível você fazer um corte orçamentário de R$ 40 bilhões”, garantiu Lula.
A votação em primeiro turno da PEC que prorroga a CPMF está marcada para amanhã (11). O governo, no entanto, admite que a análise da proposta seja adiada para quarta-feira (12). (Soraia Costa)