Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Vacina da covid-19: o que leva tantas pessoas a duvidarem da ciência?

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Vacina da covid-19: o que leva tantas pessoas a duvidarem da ciência?

Congresso em Foco

27/1/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 17:30

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

[fotografo]Secretaria de Saúde do DF[/fotografo]

[fotografo]Secretaria de Saúde do DF[/fotografo]
Gustavo Pagotto* A pandemia de covid-19 já matou mais de dois milhões de pessoas em todo mundo até o momento. Somente no Brasil, passamos de 210 mil mortes, número que só nos deixa atrás dos Estados Unidos. Para evitar a perda de mais vidas, a comunidade científica do mundo trabalhou incansavelmente nos últimos meses e desenvolveu, em tempo recorde, vacinas que já começaram a ser aplicadas em diversos países. Contendo substâncias que estimulam nosso sistema imunológico a criar anticorpos que combatem doenças, ao longo da história, vacinas para diversos males evitaram incontáveis mortes ao redor do mundo. Anualmente, estimam-se que cerca de três milhões de pessoas são salvas graças à imunização, ou seja, cinco pessoas a cada minuto. No entanto, com a pandemia, as teorias conspiratórias de grupos negacionistas antivacinas - que, nos quase dois séculos desde que a primeira vacina moderna foi aplicada, nunca confiaram em nenhuma comprovação científica - voltaram a atacar com força. Com as redes sociais como fortes aceleradoras na disseminação de desinformações, esses grupos prejudicam as já frágeis políticas públicas de combate à pandemia seguindo sua agenda para descredibilizar avanços científicos. Criam memes com mentiras disfarçadas de piadas, fazem correntes de Whatsapp colocando a imunização em dúvida, espalham teses surreais sobre os 'verdadeiros' interesses da indústria farmacêutica, encaminham áudios nos quais supostos especialistas - que nunca se identificam - fazem depoimentos assustadores e atacam profissionais comprometidos na defesa da vacinação. Tudo sem nenhum tipo de embasamento científico e com a certeza de que mais adeptos serão seduzidos para o movimento. Muitas plataformas de rede social rotulam o conteúdo falso como enganoso ou contestado - e todas removem postagens que violam os termos de serviço, mas será que não existe a necessidade de que leis emergenciais sejam implementadas para eliminar este perigoso conteúdo online antivacina? E não são apenas as vacinas que têm sua eficácia questionada por estes grupos, mas também o uso de máscaras e de outros produtos desenvolvidos para ajudar a conter a proliferação do vírus (como os que contêm nanopartículas de prata que comprovadamente inativam a ação do Sars-cov2). Mas se há bem pouco tempo o negacionismo científico motivava boas risadas na mesa do bar, especialmente quando representado pelos terraplanistas, desde a chegada da covid-19, este movimento se tornou alarmante, pois agora vidas estão em jogo e pelas mãos de um agente ainda mais poderoso. O processo de institucionalização do negacionismo na figura de líderes políticos vem comprometendo a eficácia das medidas de combate à pandemia. Este fenômeno pode ser explicado através da agnotologia, que é o estudo da propagação intencional da desinformação para fins políticos e comerciais para dar legitimidade a uma determinada agenda de poder ou tirar o foco de algo. Ou seja, quando o líder de um país faz declarações sem embasamento científico a respeito da pandemia e da vacinação e seus efeitos, sua estratégia política fica evidente e, naturalmente, parte da população se sente confusa e não sabe como agir. No entanto, vidas humanas valem mais do que disputas de poder. A politização do vírus e da vacina coloca toda a população brasileira em meio a um cabo de guerra ideológico que vem fazendo mais vítimas a cada dia. É preciso refutar o negacionismo científico como política de Estado, combatendo com veemência discursos que criam caos, desinformação e medo. Quando é possível observar tão nitidamente quanto agora - com mais de 210 mil vidas perdidas - os resultados catastróficos gerados pela desinformação e inépcia, também fica evidente o quanto a ciência e tecnologia são fundamentais. Confie na ciência, ela salva vidas! *Gustavo Pagotto é doutor em Química pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), cofundador e diretor da Nanox. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

politização Whatsapp vírus terraplanistas Vacina covid-19 pandemia covid negacionismo antivacina Gustavo Pagotto

Temas

Fórum

LEIA MAIS

Fórum BRICS

Hugo Motta destaca importância da união entre países membros do BRICS

Atuação Parlamentar

Suplente de Zambelli reforça bancada militar e coleciona polêmicas

Álcool 70%

Comissão aprova projeto que libera venda de álcool etílico 70% líquido

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

2

Data simbólica

Há 63 anos, o Acre era elevado à categoria de Estado

3

Segurança Pública

Comissão aprova reintegração de trechos vetados em lei das polícias

4

Educação

Deputado propõe cursos de medicina veterinária apenas presenciais

5

AGENDA DA SEMANA

Pauta da Câmara inclui derrubada do aumento do IOF e proteção ao idoso

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES