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Governo, PT e oposição no ataque

Congresso em Foco

27/6/2005 18:22

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Ao reforçar as denúncias contra o ministro da Casa Civil, José Dirceu, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) deu corpo ao argumento da oposição de que as investigações da CPI dos Correios terão de ser estendidas ao Planalto. "O deputado Roberto Jefferson pôs a crise sentada no Palácio do Planalto. A crise agora tem endereço certo", avaliou o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN).

O entusiasmo contido dos oposicionistas quanto ao depoimento de Jefferson ao Conselho de Ética da Câmara contrastava com o tom de revolta demonstrado pelo presidente do PT, José Genoino, que negou o envolvimento da cúpula do partido com a arrecadação irregular de dinheiro para campanha eleitoral. "O ódio nele produz uma criatividade sem limites para atacar pessoas. Observem com que ódio ele fala do PT. E tem dito para as pessoas da vingança que quer com o PT e comigo", disse.

O presidente do PT negou que o secretário-geral do partido, Sílvio Pereira, tenha feito nomeações nos Correios. Segundo ele, os indicados são servidores de carreira. Genoino também negou que o partido tenha doado R$ 4 milhões ao PTB para financiamento de campanha eleitoral no ano passado. De acordo com ele, foram feitas apenas contribuições para cobrir gastos de material de campanha em alguns municípios. O valor do repasse, contudo, não foi revelado.

"Ele quer passar de acusado a acusador, tenta aparecer dominando a situação, tenta mostrar detalhes em reuniões que aconteceram para destacar aquilo que o interessa, que é acusar o PT de uma prática que o PT nunca fez ou participou", acusou Genoino, que desafiou Jefferson a uma acareação.

A Casa Civil divulgou nota ontem no fim da tarde negando que o ministro José Dirceu tivesse pedido demissão, conforme noticiou uma agência internacional de notícias. Apesar de publicamente desqualificarem o depoimento de Jefferson, lideranças do governo admitiam reservadamente que as acusações do deputado tornavam difícil a permanência de Dirceu no cargo.

Na avaliação do líder do governo no Senado, o discurso de Jefferson foi teatral. "De forma teatralizada, o deputado focou os ataques. Seus alvos prioritários foram o PL e o PP. Ele fez um discurso político com o claro objetivo de preservar parte da base parlamentar para tentar se salvar mais adiante do processo de cassação", disse Mercadante.

Lideranças da oposição disseram ontem que vão insistir para que Jefferson seja o primeiro depoente da CPI dos Correios. Além de ser suspeito de comandar um esquema de corrupção na estatal, o petebista seria peça-chave na denúncia de envolvimento de membros do governo e do PT em negociatas, o que permitiria a ampliação do leque de apurações da comissão.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), cobrou explicações de Dirceu e a abertura do sigilo telefônico do ministro, ao dizer que as denúncias de Jefferson seriam mais consistentes do que as apresentadas por Pedro Collor contra o irmão, o ex-presidente Fernando Collor.

"Jefferson é prova cabal. Não dá para, sob pretexto de não terem sido apresentadas gravações, deixar de investigar a fundo as denúncias. Provas também não tinha o Pedro Collor quando concedeu sua famosa entrevista à revista 'Veja'. Ele não teve de apresentar provas escritas ou gravadas. Suas palavras foram aceitas pelo Congresso como consistentes e as investigações partiram delas para cumprir seus objetivos", disse o senador.

"O círculo da investigação está fechado a partir desses três pólos. A partir daí teremos quatro perguntas a serem respondidas. Primeiro, precisamos saber de quem foi a idéia de criar o mensalão. Depois, de onde vem, quem pega e quem recebe o dinheiro", considerou o senador José Agripino.

O Conselho de Ética da Câmara volta a se reunir amanhã para analisar uma série de requerimentos. Um deles convoca empresários, dirigentes do PT e o ministro José Dirceu para prestarem depoimento.

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