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discurso de ódio

Mulher diz que RS sofre tragédia porque Eduardo Leite é gay; Aliança LGBTI+ denuncia homofobia

Entidade lembra que homofobia é crime e pede investigação e responsabilização da autora do discurso de ódio

Congresso em Foco

17/5/2024 | Atualizado às 18:48

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Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, é o primeiro do país a se declarar homossexual. Foto: Mauricio Tonetto/Palácio Piratini

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, é o primeiro do país a se declarar homossexual. Foto: Mauricio Tonetto/Palácio Piratini
Uma mulher que se diz moradora de Porto Alegre gravou um vídeo de teor homofóbico em que atribui a tragédia no Rio Grande do Sul ao fato de o governador Eduardo Leite (PSDB) ser gay. Em nota (veja a íntegra mais abaixo) a Aliança Nacional LGBTI+ manifestou apoio ao governador. "Repudiamos veementemente as tentativas criminosas de associar a catástrofe natural que assola o estado ao fato de o governador ser um homem homossexual", diz trecho do texto. Leite é casado com o médico Thalis Bolzan. Ele declarou publicamente ser homossexual, pela primeira vez, em uma entrevista à TV  Globo em 2021, quando era pré-candidato a presidente. Alegando que fala para as igrejas e para os "patriotas", classificados por ela como "povo que olha Deus acima de todos e o Brasil acima de tudo", a mulher pede que os eleitores de Leite peçam desculpas por terem votado nele para que se possa "aplacar a ira de Deus". "Eu me envergonho por ser gaúcha de ter hoje como governador do Eduardo Leite, cuja primeira-dama é outro homem, e eu quero alertar a igreja do Senhor na Terra, dizendo que esse pecado de ter colocado um homem, cuja primeira-dama é um homem, no poder, isso ativou a ira de Deus contra o povo gaúcho. Isso fez com que a ira do Senhor alcançasse o seu povo, e hoje nós temos a destruição de um estado", afirma a mulher. Em seu comunicado, a Aliança Nacional LGBTI+ pede que as autoridades competentes investiguem e tomem as devidas providências legais contra esse tipo de discurso que incita o ódio e a discriminação. "É essencial que sejam cumpridas as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que já reconheceu a LGBTIfobia como crime equivalente ao racismo, para combater a propagação de discursos LGBTIfóbicos", defende a aliança, que tem representantes em todas as 27 unidades federativas. O grupo ressalta que respeita o direito à liberdade de credo e opinião como direitos fundamentais. "Mas esses direitos não podem ser utilizados como salvo-conduto para a prática de crimes e a disseminação de ódio. A liberdade religiosa deve conviver harmoniosamente com o respeito aos direitos humanos e à dignidade de todas as pessoas", diz o texto assinado pelo presidente, Toni Reis, e outros três dirigentes. Quando declarou ser homossexual pela primeira vez, em entrevista a Pedro Bial, Leite explicou que sua orientação sexual em nada interfere em sua atuação. "Eu sou gay, eu sou gay e sou um governador gay. Não sou um gay governador, tanto quanto Obama nos EUA não foi um negro presidente. Foi um presidente negro. E tenho orgulho disso. Não trouxe esse assunto, mas nunca neguei ser quem eu sou. Nunca criei um personagem", afirmou. Veja a íntegra da nota da Aliança Nacional LGBTI+ com a transcrição das declarações homofóbicas da mulher: "NOTA OFICIAL DA ALIANÇA NACIONAL LGBTI+ DE SOLIDARIEDADE AO GOVERNADOR EDUARDO LEITE A Aliança Nacional LGBTI+ manifesta sua mais profunda solidariedade ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e a todo o povo gaúcho, pelos ataques infundados e de caráter odioso que vêm sofrendo através das redes sociais. Repudiamos veementemente as tentativas criminosas de associar a catástrofe natural que assola o estado ao fato de o governador ser um homem homossexual. Recentemente, circulou um vídeo na internet no qual uma mulher, identificada como Neiva Borges, profere declarações absurdas e ofensivas, alegando que a "Ira de Deus" foi ativada contra o povo gaúcho pela eleição de um governador cujo companheiro é do mesmo sexo. Essas afirmações, além de ignorantes e intolerantes, configuram um discurso de ódio que não pode ser tolerado em nossa sociedade. Veja a transcrição: 'Meu nome é Neiva Borges, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e eu quero hoje falar para as igrejas, para o povo também do nosso Brasil, principalmente aos patriotas que são um povo que olham Deus acima de todos, e o Brasil acima de tudo. Eu me envergonho por ser gaúcha de ter hoje como governador do Eduardo Leite, cuja primeira-dama é outro homem, e eu quero alertar a igreja do Senhor na Terra, dizendo que esse pecado de ter colocado um homem, cuja primeira-dama é um homem, no poder, isso ativou a ira de Deus contra o povo gaúcho. Isso fez com que a ira do Senhor alcançasse o seu povo, e hoje nós temos a destruição de um estado. Então o que eu quero pedir a todos os gaúchos. A igreja do Senhor, a igreja do Sul, é que olha e peça um perdão. Cada um que votou no Eduardo Leite, que omitiu o socorro dos resgates, omitiu o resgate ou omitiu o socorro pós-resgate, os enfermeiros médicos, que estão lá sendo usados e cuidados do povo dos feridos que estão sendo resgatados, é o próprio povo, é voluntário, não tem nada, não tem ajuda nenhuma do governo. Então eu quero pedir, olhem, peça um perdão por ter colocado esse homem lá no poder. Peça um perdão para que a ira de Deus seja aplacada, seja diminuída e assim, nos vemos ao pensamento de misericórdia.' Reforçamos nosso pedido para que as autoridades competentes investiguem e tomem as devidas providências legais contra esse tipo de discurso que incita o ódio e a discriminação. É essencial que sejam cumpridas as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que já reconheceu a LGBTIfobia como crime equivalente ao racismo, para combater a propagação de discursos LGBTIfóbicos. Em tempo, salientamos que nossas palavras não têm qualquer intenção de desrespeitar a liberdade religiosa. Acreditamos firmemente que a liberdade de credo e opinião são direitos fundamentais, mas esses direitos não podem ser utilizados como salvo-conduto para a prática de crimes e a disseminação de ódio. A liberdade religiosa deve conviver harmoniosamente com o respeito aos direitos humanos e à dignidade de todas as pessoas. Nossa solidariedade vai especialmente para as vítimas da catástrofe no Rio Grande do Sul e para todos os que estão trabalhando incansavelmente nos esforços de resgate e socorro. A Aliança Nacional LGBTI+ se coloca à disposição para apoiar o governador Eduardo Leite e a população gaúcha, reiterando nosso compromisso com a justiça, a igualdade e a dignidade para todos. 17 de maio de 2024 Toni Reis Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI+ Gregory Rodrigues Roque de Souza Coordenador Nacional de Comunicação da Aliança Nacional LGBTI+ Dani Boeira Coordenador Estadual da Abrafh no Rio Grande do Sul Luciano Blasius Coordenador da Área de Segurança Pública da Aliança Nacional LGBTI+ Sobre a Aliança Nacional LGBTI+ - A Aliança Nacional LGBTI+ é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, com coordenações de representação em todas as 27 Unidades da Federação e também em mais de 300 municípios brasileiros. Possui 57 áreas temáticas e específicas de discussão e atuação. Tem como missão a promoção e defesa dos direitos humanos e da cidadania da comunidade brasileira de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, pessoas intersexo e de outras orientações sexuais e identidades e expressões de gênero (LGBTI+), através de parcerias com pessoas físicas e jurídicas. A Aliança é colaboradora do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+. É pluripartidária e atualmente tem mais de 2800 pessoas físicas afiliadas. Destas, 44% são afiliadas a partidos políticos, com representação de 26 dos 29 partidos atualmente existentes no Brasil. No momento, suas parcerias com pessoas jurídicas somam 89 ONGs, empresas e outras organizações. Em junho de 2023 ganhou status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da ONU. http://aliancalgbti.org.br/ Conheça a Central de Atendimento LGBTI+ https://bit.ly/3mN8jOA
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