Sâmia Bomfim volta às atividades na Câmara após assassinato do irmão

A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) retomou as atividades no Congresso Nacional após um mês de licença médica. A parlamentar havia interrompido as atividades depois do assassinato de seu irmão, o médico Diego Bomfim, que foi alvo de um ataque a tiros no Rio de Janeiro em 5 de outubro. Sâmia participa já nesta segunda-feira (27) de uma audiência na Câmara dos Deputados, com o tema "Luta dos servidores contra a reforma administrativa". O requerimento para a realização da reunião foi protocolado pela própria deputada, em conjunto com a correligonária Fernanda Melchionna (Psol-RS). O retorno da deputada foi confirmado por seu marido, o também deputado Glauber Braga (Psol-RJ), em entrevista aos jornalistas Bruna Pannunzio e Rafael Bruza no Jornal Despertador, do canal TV Democracia.  "Um dia após o outro", diz Glauber. "É claro que para todos é muito difícil, principalmente para a Sâmia, minha cunhada, sogro, sogra... É uma perda muito brutal. Então quando um cai, o outro levanta. A família é muito unida, se apoia muito. Mas é uma marca muito difícil de superar. Você pode até ir amenizando a dor com acolhimento de amigos, pessoas próximas, que amavam e conviviam com o Diego. Mas isso massacra uma família. É muito duro". "Sâmia vai retomar as atividades no dia de hoje, em Brasília. Amanhã a gente vai ter uma exibição de peça com a Lucélia Santos sobre a vida de Chico Mendes, em um ato de resistência contra as investidas da bancada do latifúndio", afirma. "Sobre segurança pública do Rio: um caos. A verdade é que você não tem um projeto estruturado de segurança pública por parte do Governo estadual". A parlamentar foi uma das vencedoras no Prêmio Congresso em Foco de 2023, agraciada com o prêmio de melhor deputada na avaliação do público em geral e do júri de jornalistas da premiação. Na ocasião, Sâmia disse que considerava o prêmio um "recado contra a violência politica de gênero". Em 2023, a deputada teve atuação expressiva da na CPI do MST, onde travou fortes embates com a cúpula da comissão, dominada por bolsonaristas.