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Governo baixa as armas e retoma negociação

Congresso em Foco

13/12/2007 20:19

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Eduardo Militão
 
O governo deve evitar subir o tom das críticas à oposição, mesmo responsabilizando-a pela derrota na votação da CPMF e diminuição dos recursos para a saúde pública. Para senadores da base, do PSDB e do DEM, a melhor alternativa é reabrir o diálogo com o Congresso e tentar aprovar uma reforma tributária no ano que vem, que substitua a CPMF. Além disso, será preciso um entendimento para votar o orçamento, cujo calendário foi atrasado por causa da derrota no plenário do Senado.
 
Com uma crítica aqui e ali, foi notório o esforço de representantes do Executivo, como o ministro Guido Mantega (Fazenda) para não acirrar os ânimos. “Ele entendeu o recado. Ele foi econômico nas medidas que vai apresentar, mas agora tem que ter tranqüilidade”, avaliou Delcídio Amaral (PT-MS). Para a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), não é momento de confronto com os vencedores na disputa. “Aqui no Senado, nós precisamos retomar as pontes de negociação”, afirmou ela.
 
Líder do DEM, José Agripino (RN), entende que o governo têm mesmo que baixar as armas. “Eles têm que rever as coisas, evitar isultos.” Ele elogiou a entrevista de Mantega: “Foi um bom tom”.
 
O ministro da Fazenda e o relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO), José Pimentel (PT-CE), tentaram acalmar os mercados financeiros. O deputado convocou uma entrevista coletiva apenas para avisar que, com tranqüilidade e até a semana que vem, o governo e os parlamentares buscariam uma solução para o furo de caixa de R$ 40 bilhões – a arrecadação da CPMF. Promessas insuficientes. A Bolsa de Valores fechou em forte queda, 2,90%, embora o revés tenha sido influenciado pela inflação nos EUA.
 
Negociação
 
Sem confronto político e tentando acalmar os mercados, a base encontrou espaço de negociação com os opositores. Agripino e o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), se disseram dispostos a reabrir o diálogo com o governo para uma reforma tributária. Ele elogiou a proposta formalizada ontem pelo presidente Lula,mas a considerou atrasada. “A proposta era boa. Mas esse foi o grande ganho [da disputa], a reforma tributária”, disse Virgílio.
 
Ideli ironizou o fato de a oposição derrubar a CPMF num dia e, no outro, se dispor a negociar. “O fundo central era quebrar a continuidade dos recursos”, reclamou a petista. Agora, para a CPMF ser recriada, deverá recomeçar a tramitação na Câmara e só poderá vigorar depois de 90 dias – a noventena.
 
Desgaste
 
A negociação frustrada pela CPMF deixou ressentimentos no governo. Há insatisfação com a forma de trabalho do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o senador Aloízio Mercadante (PT-SP). A base acredita que eles foram incompetentes nas ofertas ao PSDB. Também entendem que o então ministro das Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia deveria ter precavido o presidente Lula. Para os governistas, o presidente não poderia partir para o confronto direto com a oposição, associando-os aos sonegadores de impostos.
 
Outro que sai desgastado é o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Embora tenha conseguido impor uma derrota ao Planalto, sua bancada votou sob pressão. Virgílio disse que, se fosse para aprovar a CPMF, era melhor deixar de ser líder. Tucanos reclamam da postura dele, considerada não a de um líder de bancada, mas a de um representante do grupo do ex-presidente Fernando Henrique no PSDB. Entretanto, Virgílio garante que continua líder dos tucanos e que seu trabalho não está ameaçado.
 
O líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), ironizou o PSDB e o DEM. “Descobri que o PMDB é o partido mais democrático do mundo. Não obrigamos ninguém a votar pela CPMF, três não votaram e não estão ameaçados de expulsão”, comentou, aos risos.
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