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Atenção aos "acordadores de gigantes"

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25/9/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 17:02

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O ministro da Economia, Paulo Guedes e o  presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Presidência da República via Flickr

O ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Presidência da República via Flickr
*Por Jean Paul Prates Você lembram do tempo em que bastava o tilintar de 20 centavos para acordar o "gigante"? Era 2013, o Brasil era governado por Dilma Rousseff, os analistas econômicos - esses mesmo que hoje fazem acrobacias para proclamar uma "retomada do crescimento" - reclamavam do "pibinho" de 2,3% e engatávamos a marcha para chegar ao quase pleno emprego, a taxa de 4,3% de desemprego de 2014, a menor de nossa história. Era um tempo de consolidar a autossuficiência em petróleo e garantir combustível e gás de cozinha a preços acessíveis. Tempo de dar aos nossos jovens a oportunidade do aperfeiçoamento acadêmico em prestigiadas universidades no exterior, com as bolsas do Ciência sem Fronteiras. Um tempo de ter chefes de Estado que abriam a Assembleia Geral da ONU falando de conquistas verdadeiras - as conquistas do Brasil que se tornou protagonista no debate sobre preservação ambiental e enfrentamento às mudanças climáticas e que retirava 40 milhões de pessoas da fome com o Bolsa Família, programa que serviu de modelo para o planeta. Mas rios de dinheiro para a propaganda enganosa começaram a jorrar e "o gigante acordou" contra um ultraje de 20 centavos. O resto do enredo todo mundo conhece. Da tentativa de desmoralizar os resultados das urnas de 2014 ao impeachment sem crime de responsabilidade de 2016. Da implantação do implacável arrocho fiscal - em bom português: do corte impiedoso dos recursos para as políticas sociais - às reformas que cortaram na carne dos trabalhadores e trabalhadoras, com as reformas trabalhista e da Previdência. Tudo em nome da "atração de investimentos", da conquista da "confiança do investidor", da construção de um "ambiente de negócios sedutor". Mas a vida real, teimosa que só ela, não acreditou. Diante de um povo sem dinheiro e sem perspectivas, a economia ficou estagnada. A ortodoxia cega de Paulo Guedes arranca a pele do povo para agradar meia dúzia, mas a economia não reage. Esta semana, vimos mais um desastre. A taxa básica de juros, a Selic, subiu de 5,25% para 6,25% ao ano, o nível mais alto desde junho de 2019. E a previsão do mercado é que os juros continuem subindo, chegando a 8,5% no final de 2022 - os trabalhadores, que já ganham pouco, ainda precisam arcar com os aumentos dos alimentos, do gás de cozinha, dos combustíveis e das tarifas de energia elétrica. O aumento da Selic é uma tentativa de frear a inflação - o Índice de Preços ao Consumidor para a quinzena (IPCA-15), anunciado pelo IBGE nesta sexta-feira (24) foi de 10,05%, no acumulado dos últimos 12 meses. Mas também é um tiro nas esperanças de crescimento da economia. De que adianta arrancar a pele do povo para ter resultados econômicos tão calamitosos? O Brasil viveu seu melhor período econômico durante os governos de Lula. E é bom lembrar a lógica que resume aqueles tempos: "O que movimenta a economia é dinheiro na mão do povo", repete nosso melhor presidente. E está coberto de razão. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) comprovou que cada R$ 1 pago pelo Bolsa Família se convertia em R$ 1,78 no Produto Interno Bruto. Porque pobre não especula. Dinheiro na mão do pobre movimenta o comércio do bairro, cria emprego no mercadinho, faz a roda girar. Mas nada, nada mesmo comove a dupla Paulo Guedes/Bolsonaro. Quando a pandemia bateu forte na economia e o Congresso Nacional aprovou o auxílio emergencial, o governo promoveu uma verdadeira sabotagem ao programa, antes de começar a pagar os R$ 600 determinados pelo Legislativo. Quando o vírus mostrou que não arredaria pé tão cedo e ficou provada a necessidade de prorrogação do auxílio, os valores foram cortados e o universo de beneficiários foi reduzido. Agora, para bancar o "Auxílio Brasil" - uma tentativa de ofuscar o sucesso do Bolsa Família tão associado à memória dos governos do PT - eles aumentam o IOF, onerando ainda mais quem recorre ao crédito, ao cheque especial e aos cartões para levar comida para casa. A cada dia que passamos sob a incompetência e a crueldade da dupla Bolsonaro/Guedes, mais cresce a esperança na volta de Lula. As pesquisas já apontam uma vitória no primeiro turno. E quanto mais Lula cresce, mais se assanham os acordadores de gigantes, tentando fazer cirurgia plástica na imagem de Bolsonaro-basta ver a imprensa de sempre se comportando como de costume. Não vão prosperar. Ainda que novos rios de dinheiro para a propaganda voltem a jorrar, quem está muito acordado é o povo, que não aguenta mais pagar pela inconsequência de tantos e pela esperteza da indefectível meia dúzia. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. > Leia mais artigos do autor 
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