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Congresso em Foco
30/9/2006 | Atualizado 1/10/2006 às 7:11
Em entrevista coletiva realizada há pouco, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio de Mello garantiu que o cenário eleitoral é de absoluta normalidade e que apesar do momento traumático causado pelo acidente com aeronave da Gol nada mudará no processo eleitoral.
"Nós temos amanhã um dia que aponto como crucial quanto aos destinos desse Brasil adormecido, e a Justiça Eleitoral tem feito a sua parte. Estamos fazendo uma campanha para que o eleitor tenha a percepção de que voto é poder e que ele é responsável pelos políticos que aí estão e será responsável pelos políticos que nós teremos", falou o ministro.
Marco Aurélio classificou como um "direito inerente" a tentativa do PT de solicitar a não divulgação das fotos do dinheiro apreendido pela Polícia Federal, mas garantiu que apesar de partes do processo correrem em segredo de justiça no TSE, "o sigilo é a exceção e não a regra para a divulgação de fatos".
Ameaças
O ministro contou aos jornalistas que tem sofrido ameaças de morte. Atribuiu a atitude a "pessoas apaixonadas", descartando a possibilidade de envolvimento do governo. "Pairou no ar algo tão estapafúrdio colocando em risco a integridade física do presidente do TSE. Recebi telegramas de 'videntes' dizendo que eu deveria me precaver, pois se saísse na rua morreria", disse Marco Aurélio. "As paixões são por vezes condenáveis e há quem ache que eu estou extravasando o campo que me é reservado como juiz e presidente do TSE. Acho que isso parte de pessoas apaixonadas, jamais do Estado. Até porque faço parte do Estado", afirmou ele.
De acordo com Marco Aurélio de Mello as ameaças foram feitas por e-mail. Ele disse que comunicou o fato à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, que por sua vez contou ao ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.
Apesar de Bastos ter colocado a Polícia Federal à disposição de Marco Aurélio, o presidente do TSE preferiu ser acompanhado por policiais civis e militares do Distrito Federal. "Estamos no DF e aqui as polícias civil e militar são as responsáveis por garantir a segurança dos cidadãos", disse. "Não me sinto ameaçado e ameaças não me dobrarão", garantiu Marco Aurélio.
"Grampo não deixa vestígios"
Ao ser questionado sobre investigação da Polícia Federal que disse não ter encontrado provas para a existência de grampos no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Marco Aurélio de Mello voltou a usar a ironia.
Segundo ele, a firma contratada para fazer a varredura no tribunal é a mesma desde 2003 e que desde então esta foi a primeira vez em que encontraram algum problema. "Seria mais fácil para eles dizerem que não tinham encontrado nada quando fizeram a última varredura. Por que a firma divulgaria uma informação tão importante às vésperas das eleições se não tivesse certeza?", indagou o ministro. "Para fazer um grampo não é preciso desencapar fios. A aparelhagem alusiva ao grampo não deixa vestígios. Acho difícil alguém afirmar que não houve grampos só porque não o encontrou", argumentou Marco Aurélio.
A escolha é difícil
Contrário ao voto nulo, o presidente do TSE disse que já escolheu seus candidatos e que fará sua "colinha" para não demorar à frente da "assustadora urna eletrônica". Perguntado sobre as dificuldades que teve na hora da escolha, o ministro criticou a seleção dos partidos.
"Como cidadão é sempre difícil escolher quando se tem várias opções, mas nesse cenário vislumbro nomes e mais nomes que não deveriam configurar nesse contexto... mas já que os partidos permitiram, cabe ao eleitor selecionar quem serão os melhores para representá-lo", defendeu.
O ministro não quis esclarecer a quais "nomes" se referia, disse apenas que, em sua opinião, alguns nomes não deveriam estar na disputa.(Soraia Costa)
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