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A retomada verde da economia

Congresso em Foco

24/1/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 17:30

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[fotografo] Arquivo/Agência Câmara [fotografo]

[fotografo] Arquivo/Agência Câmara [fotografo]
Sergio Gusmão Suchodolski* O ano de 2020 foi marcado por profundas transformações na sociedade e na economia global. A crise causada pela pandemia do novo coronavírus reforçou a necessidade de mobilizar um volume crescente de recursos para impulsionar ações visando o desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo. Nesse contexto, as Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFD) exercem função primordial para alavancar investimentos sustentáveis em áreas como energias renováveis, mobilidade urbana, saneamento e infraestrutura de modo geral. Ao que tudo indica, as perspectivas econômicas para 2021 ainda são nebulosas. A única certeza, no entanto, é que a retomada da economia exige um olhar sustentável, alinhado à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Diante desse cenário, a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e seus membros exercem papel de liderança para ajudar o Brasil a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Estamos sintonizados com esse propósito, tanto do ponto vista regional, quanto nacional e internacional. Nossa atuação está ancorada nos três grandes acordos globais: o Acordo de Paris, a Agenda 2030 e a agenda de Adis Abeba para o financiamento ao desenvolvimento sustentável. O Brasil faz parte de todos esses acordos internacionais. Por coincidência, todos eles foram firmados em 2015. Ou seja, completamos cinco anos de participação nessa agenda global de desenvolvimento sustentável com conquistas, mas com muito trabalho a ser feito. De lá para cá tivemos avanços. Em setembro, a ABDE firmou parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O memorando de entendimento tem duração de três anos e prevê a troca de conhecimento e experiência, capacitações, participações em eventos e apoio ao desenvolvimento de metodologias visando alinhar o país aos 17 ODS e suas 169 metas, que devem orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos próximos dez anos. Considero essa parceria fundamental para avançarmos no desenvolvimento sustentável e auxiliar o país a atingir as ODS. Afinal, a ABDE é uma plataforma essencial para alinhar o conhecimento local com as agendas globais de desenvolvimento. Isso porque os particularidades de cada região precisam ser entendidas nas suas vulnerabilidades e obstáculos de forma que possam ser vencidas com a implementação de mudanças profundas para o cumprimento das metas. Estudo recente publicado pela OCDE estima que 65% das 169 metas subjacentes aos ODS não serão alcançadas sem o envolvimento adequado e a coordenação com os governos locais e regionais. Nesse sentido, as IFDS têm um papel fundamental por conhecerem as realidades locais e possuírem a expertise necessária para mobilizar capitais públicos e privados e informações na conformação de novos cenários alinhados aos ODS. Além do acordo firmado recentemente com o PNUD, a ABDE tem parcerias estratégicas com outras instituições internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e a Agência Francesa de Desenvolvimento. E temos ainda o Laboratório de Inovação Financeira (LAB), criado pela ABDE, BID, GIZ e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de reunir representantes do governo e da sociedade para promover as finanças sustentáveis no Brasil. A tendência para o próximo ano é a aceleração da retomada de uma agenda verde e o financiamento de projetos sustentáveis. O possível retorno dos Estado Unidos ao Acordo de Paris e o Green New Deal Europeu são dois movimentos-chave nessa direção e devem aumentar a disponibilidade de recursos para o Brasil, dado o enorme potencial que nosso país tem nesse campo. Um potencial gigantesco para crescer. O norte de Minas Gerais, por exemplo, é atualmente um dos principais polos de energia solar, enquanto a Região Nordeste é um grande gerador de energia eólica. Por fim, entendo que as parcerias público privadas (PPPs) e as concessões públicas são essenciais para a expansão dos projetos sustentáveis Brasil afora. Afinal, temos um grande déficit de infraestrutura sustentável no país e no mundo. As IFDs também estão alinhadas a esse movimento e trabalham na estruturação dos projetos que recebem investimentos privados por meio de concessões e PPPs. São projetos de longo prazo e que proporcionam a entrada de um capital que o ente público não dispõe. O alinhamento crescente em torno das agendas globais de desenvolvimento é um jogo de ganha-ganha. Esses são elementos-chave na estratégia de financiamento ao desenvolvimento sustentável e que certamente dominarão a agenda mundial no próximo ano. Portanto, a oportunidade que nós temos é o relançamento da economia por meio de investimentos em infraestrutura alinhados com o desenvolvimento sustentável. *Sergio Gusmão Suchodolski é presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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