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Congresso em Foco
23/9/2006 13:58
Lula foi avisado de que o PT e o PTB tinham acertado partilhar R$ 3 milhões arrecadados de empresas prestadoras de serviço à estatal Furnas Centrais Elétricas, isso é o que afirma o ex-deputado Roberto Jefferson no livro Nervos de Aço, que acaba de ser lançado.
Além disso, o ex-parlamentar, que teve o mandato cassado por envolvimento no escândalo do mensalão, diz que o acordo foi firmado com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Ainda sobre o aviso a Lula, Jefferson ressalta que concluiu na época que o presidente não sabia mesmo de nada, devido a surpresa demonstrada ao conhecer o fato.
Fato novo
Entretanto, de novidade mesmo, o livro só traz o diálogo ocorrido com o presidente, na presença de Dirceu e do ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guias (PTB).
No texto, Jefferson afirma que aquele foi o último encontro oficial com o petista. "Era a manhã de 26 de abril de 2005. No Palácio do Planalto, Lula quis saber a razão do então diretor de Engenharia e Planejamento de Furnas, Dimas Toledo, não ter ainda sido substituído por um indicado pelo PTB, como acertado anteriormente", relata.
"Roberto, por que está demorando tanto? Por que vocês não trocaram ainda, rapaz? Eu não quero manter esse cara lá. Por que ainda não saiu a nomeação do PTB? Vamos nomear o (Francisco) Spirandel?", disse Lula a Jefferson, segundo a publicação.
O ex-deputado diz que Lula ficou nervoso querendo saber que acordo os dois partidos tinham feito afinal de contas para a substituição ainda não ter ocorrido. Foi então que Jefferson explicou tudo ao presidente.
De acordo com o livro, Jefferson revelou a Lula que Dirceu defendia a permanência de Dimas Toledo, que virou um desafeto do presidente depois de transferir mais de R$ 1 milhão ao governo de Aécio Neves (PSDB), em Minas Gerais.
Segundo o ex-deputado, para não trocar Dimas por um petebista, Dirceu teria proposta a ele "um acerto direto entre o PT e o PTB", no qual os partidos dividiriam "a arrecadação mensal" da Furnas.
Por fim, o texto relata que Lula se irritou com a explicação e não a aceitou. "Aquele senhor está traindo o governo, está fazendo o jogo do governador de Minas Gerais, e eu não quero a permanência dele. Não quero esse cara lá. Se você não tirar eu tiro e ofereço a outro partido. Tem que tirar!", disse o presidente, afirma o livro. Logo depois, Dirceu nomeou Spirandel.
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