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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Sylvio Costa
21/3/2019 | Atualizado 10/11/2020 às 11:29
![Temer é conduzido por agentes da Polícia Federal após ser preso[fotografo]Reprodução[/fotografo] Temer é conduzido por agentes da Polícia Federal após ser preso[fotografo]Reprodução[/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2019/03/temer-preso.jpeg) 
 
 "Prisão desvia-se do padrão das decisões técnicas que conhecemos", diz Favetti. Foto: Divulgação[/caption]
"Juristas e muitas pessoas que sempre foram até aqui simpáticas à Lava Jato começam a questionar o rumo que ela tem tomado", disse ao Congresso em Foco o advogado e analista político Rafael Favetti. "Essa prisão desvia-se do padrão das decisões técnicas que conhecemos. Falta um dos principais requisitos da prisão preventiva, que é a contemporaneidade. Quando você prende alguém de forma preventiva, é justamente e por causa de alguma cautela. E não se vê na decisão do juiz Marcelo Bretas essa contemporaneidade, o que deixa os juristas atordoados", completa ele.
Por isso, advogados criminalistas acreditam que Temer e Moreira serão soltos rapidamente. Se a decisão for revertida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), os danos políticos poderão ser menores. Se vier do Supremo Tribunal Federal, pode submeter a um desprestígio ainda maior o STF, que é acusado abertamente nas redes sociais, sobretudo por cidadãos alinhados com o presidente Jair Bolsonaro, de ser conivente com a corrupção e com os poderosos. Registre-se que, de fato, arquivamentos e prescrições sem julgamento são mesmo a tônica do comportamento do Supremo em relação a denúncias de crimes que lá chegam para sua avaliação. Até o mensalão, quando políticos do PT ou a ele aliados foram presos, a suprema corte brasileira não tinha botado nenhum poderoso na cadeia.
Quanto mais se ampliam, no espectro partidário, as vítimas da Lava Jato, maior o temor entre os políticos de que também eles podem dela se tornar alvo. Daí a sensação generalizada, entre fontes ouvidas nas últimas horas pelo Congresso em Foco, de que diminuem as chances de aprovação da reforma da Previdência.
Outro possível desdobramento da prisão de Temer e Moreira é a melhora da popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em queda livre, ainda que à custa da piora do relacionamento entre governo e Congresso. Também especula-se que outros peixes grandes da política nacional - a ex-presidente petista Dilma Rousseff, o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) são alguns nomes lembrados - podem ser atingidos por novas ações de impacto da Lava Jato. O que, por outro lado, levaria dentro do Legislativo ao aumento da pressão para formar a CPI da Toga.
 "Prisão desvia-se do padrão das decisões técnicas que conhecemos", diz Favetti. Foto: Divulgação[/caption]
"Juristas e muitas pessoas que sempre foram até aqui simpáticas à Lava Jato começam a questionar o rumo que ela tem tomado", disse ao Congresso em Foco o advogado e analista político Rafael Favetti. "Essa prisão desvia-se do padrão das decisões técnicas que conhecemos. Falta um dos principais requisitos da prisão preventiva, que é a contemporaneidade. Quando você prende alguém de forma preventiva, é justamente e por causa de alguma cautela. E não se vê na decisão do juiz Marcelo Bretas essa contemporaneidade, o que deixa os juristas atordoados", completa ele.
Por isso, advogados criminalistas acreditam que Temer e Moreira serão soltos rapidamente. Se a decisão for revertida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), os danos políticos poderão ser menores. Se vier do Supremo Tribunal Federal, pode submeter a um desprestígio ainda maior o STF, que é acusado abertamente nas redes sociais, sobretudo por cidadãos alinhados com o presidente Jair Bolsonaro, de ser conivente com a corrupção e com os poderosos. Registre-se que, de fato, arquivamentos e prescrições sem julgamento são mesmo a tônica do comportamento do Supremo em relação a denúncias de crimes que lá chegam para sua avaliação. Até o mensalão, quando políticos do PT ou a ele aliados foram presos, a suprema corte brasileira não tinha botado nenhum poderoso na cadeia.
Quanto mais se ampliam, no espectro partidário, as vítimas da Lava Jato, maior o temor entre os políticos de que também eles podem dela se tornar alvo. Daí a sensação generalizada, entre fontes ouvidas nas últimas horas pelo Congresso em Foco, de que diminuem as chances de aprovação da reforma da Previdência.
Outro possível desdobramento da prisão de Temer e Moreira é a melhora da popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em queda livre, ainda que à custa da piora do relacionamento entre governo e Congresso. Também especula-se que outros peixes grandes da política nacional - a ex-presidente petista Dilma Rousseff, o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) são alguns nomes lembrados - podem ser atingidos por novas ações de impacto da Lava Jato. O que, por outro lado, levaria dentro do Legislativo ao aumento da pressão para formar a CPI da Toga.Tags
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